Inflação estaria chegando ao “topo”
A inflação estaria chegando ao seu pico e as coisas poderiam melhorar depois disso? Ainda não se sabe, mas é o que defendeu o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, nesta sexta-feira (26). As informações são da Agência Brasil.
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“Está perto – olhando 12 meses – de ver o topo [da inflação], e a gente entende que, a partir do ano que vem, vai ver uma melhora”, explicou Campos Neto. A declaração foi dada em evento online do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
Neto ainda admitiu que esperava que isso acontecesse em setembro, mas que não foi possível devido a “choques de energia [que] vieram de forma consecutiva, surpreendendo a todos”, além do preço dos combustíveis como a gasolina e o etanol.
Crescimento do PIB
O presidente do BC ainda falou sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), em 2022, embora assuma que de fato o valor deve ser inferior ao previsto inicialmente, negou que chegue de fato as previsões do mercado.
O BC previa que a alta seria de 2,1% no PIB, o que não deve se concretizar, “mas não tão baixo” como espera o mercado, defendeu Neto. O boletim Focus, que realiza esta estimativa, prevê que o crescimento do PIB fique em menos de 1% para 2022.
Mercado e inflação
Pra quem esperava a recuperação da economia rapidamente, as notícias podem não ser boas, principalmente quanto a inflação 2021 – entenda o que ela é.
O mercado financeiro aumentou de 9,77% para 10,12%. a estimativa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado a inflação oficial do país. Há um mês a previsão era de 8%
Em outras palavras, os produtos vão continuar subindo e ficando mais caros, já a economia do Brasil deve crescer menos do que era esperado inicialmente.
Os resultados foram estimativas do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (08) pelo Banco Central (BC).
Juros
Neste cenário, a alta dos juros também é uma realidade com previsão de atingir 9,25% ao ano ao final de 2021. Já para o ano que vem, a taxa Selic deve ser ainda maior com valores de 11% para 11,25% ao ano. A taxa foi fortemente influenciada por declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que declarou que o pedido de “licença” para furar o teto de gastos poderia ser realizado. Na mesma semana, o dólar subiu e a bolsa caiu.