De acordo com o divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (30), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 0,52% em maio, desacelerando ante a alta de 1,41% em abril, uma vez que a alta dos preços tanto ao produtor quanto ao consumidor mostrou alívio devido aos combustíveis. Com o resultado, a inflação do aluguel passou a acumular alta de 7,54% no ano e de 10,72% em 12 meses, contra 14,66% em 12 meses até abril.
O IGP-M é conhecido como “inflação do aluguel” por servir de parâmetro para o reajuste de diversos contratos, como os de locação de imóveis. Além da variação dos preços ao consumidor, o índice também acompanha o custo de produtos primários, matérias-primas, preços no atacado e dos insumos da construção civil.
“Os recuos observados nas taxas de variação do IPA (1,45% para 0,45%) e do IPC (1,53% para 0,35%), refletem a desaceleração dos preços dos combustíveis fósseis. No índice ao produtor, o óleo diesel, combustível de maior peso, variou 3,29% em maio, ante 14,70% em abril”, destacou André Braz, Coordenador dos índices de Preços.
Alta do IGP-M
A alta do IGP-M ficou levemente acima da mediana das estimativas de 18 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data. Essa representa um valor de 0,49%, com intervalo das projeções indo de 0,09% a 0,62%.
Ao analisar o resultado de maio, o IGP-M no acumulado em 12 meses até maio ficou abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – considerado uma prévia da inflação oficial do país – que registrou taxa de 0,59% em maio e acumulou 12,20% em 12 meses.
Em maio de 2021, o IGP-M havia subido 4,10% e acumulava alta de 37,04% em 12 meses. A “inflação do aluguel” fechou 2021 com alta de 17,78%, acima da inflação oficial do país que IPCA que ficou em 10,06%.
Como é composto a inflação do aluguel
O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. O indicador é composto por 3 componentes, o IPA, o IPC e o INCC. Veja a seguir a diferença entre eles:
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), este possui peso de 60% na composição do IGP-M, variou 0,45% em maio, ante 1,45% em abril. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou 0,51% em maio.
Já no decorrer do mês anterior, a taxa do grupo havia sido de 3,10%. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 10,80% para 0,01%, no mesmo período.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M, subiu 0,35% em maio, ante 1,53% em abril. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram queda.
A principal contribuição partiu do grupo Habitação (0,93% para -2,57%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -0,91% em abril para -13,71% em maio.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que possui peso de 10% na inflação do aluguel, ficou em 1,49% em maio, ante 0,87% em abril. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de abril para maio: Materiais e Equipamentos (1,35% para 1,67%), Serviços (0,73% para 0,92%) e Mão de Obra (0,46% para 1,43%).