IBGE: rendimento médio do trabalhador brasileiro cai ao menor nível da história

De acordo com levantamento do IBGE, apesar da diminuição do desemprego, taxa de ganhos do trabalhador caiu drasticamente

Nunca, desde o início das medições do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o trabalhador brasileiro ganhou tão pouco. De acordo com um levantamento divulgado nesta terça-feira (28), o rendimento médio do brasileiro chegou ao menor nível histórico. A linha de pesquisas começou ainda em 2012.

De acordo com o IBGE, o rendimento médio do trabalhador com carteira assinada foi de R$ 2.345. Esse número vale para o trimestre que chegou ao fim ainda no último mês de outubro. Já a média dos trabalhadores que não possuem carteira assinada foi de R$ 1.528. Pelo menos esses são os dados oficiais.

O rendimento médio dos trabalhadores que trabalham por conta própria foi ainda menor. De acordo com as informações oficiais do próprio IBGE esse patamar foi de R$ 1.458. Essas são as pessoas que trabalham sem ter nenhum tipo de patrão. Essa taxa, por isso mesmo, costuma variar muito a cada mês. Não é um ganho fixo.

Em um nível de comparação por categorias, algumas posições chamam atenção. O trabalhador doméstico teve queda de 5,1% nesse rendimento. Já o empregado do setor público caiu 10,6% em comparação com o trimestre anterior. Destaques também para o empregador, que teve queda de 15%.

Ao mesmo passo em que os ganhos caíram, a taxa de desemprego caiu também. Neste momento, sabe-se que esta sigla está na casa dos 12,1%. Agora, o Brasil registra cerca de 12,9 milhões de desempregados. Apesar do avanço, o país ainda está longe de uma situação de pleno emprego, como chegou a acontecer há alguns anos atrás.

Empregos x auxílios

Todo esse cenário está fazendo o Governo Federal sofrer ainda mais pressão pelo pagamento de auxílios para a população vulnerável. São brasileiros que não estão conseguindo emprego e que precisam de ajuda.

Há uma pressão particular pelo retorno do Auxílio Emergencial. Esse programa chegou ao fim ainda no final do último mês de outubro. De acordo com o próprio Ministério da Cidadania, cerca de 25 milhões desses usuários estão há dois meses sem ajuda do Governo.

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, segue dizendo em diversas entrevistas que reconhece essa situação. No entanto, ele diz que não pode pagar auxílios para todos eles, e que a saída é mesmo gerar empregos para essas pessoas.

O que vai acontecer em 2022

Para 2022, o plano do Governo Federal é seguir com os pagamentos do Auxílio Brasil. Já neste mês de dezembro, eles estão prometendo inserir cerca de 2 milhões de novos usuários no programa em questão.

Com isso, a ideia é pagar esse Auxílio para cerca de 17 milhões de pessoas. Ao mesmo tempo, eles deverão seguir também com os pagamentos do vale-gás nacional. O novo programa deve atender cerca de 5,5 milhões. Os repasses começam em janeiro.

Além disso, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, está apostando alto na questão do emprego. De acordo com ele, a situação vai melhorar e as pessoas não mais precisarão de auxílios. Agora é esperar para saber se essas promessas irão vingar no próximo ano.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.