O horário de verão nos tempos atuais no Brasil foi instituído no ano de 1985 no governo de José Sarney (MDB). Nos últimos 20 anos, seu período de vigência teve uma duração média de 120 dias. Os relógios de várias regiões do país são adiantados uma hora a partir da meia noite da data estipulada.
De fato, o horário de verão tem como objetivo principal um melhor aproveitamento da luz natural em relação à luz artificial. Dessa maneira, é possível reduzir o consumo de luz elétrica no horário de pico, de 18h às 20h. Sendo assim, há uma melhora na eficiência energética, e uma economia relacionada a sua utilização.
No entanto, nem toda a população brasileira fica satisfeita com o horário de verão. É um assunto onde há muita divergência, visto que possui uma série de vantagens e desvantagens. Vale ressaltar que em 2019 o governo de Jair Bolsonaro (PL) cancelou o horário de verão em todo o país através de um decreto.
Espera-se que com o retorno de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência do Brasil, o horário de verão volte. O presidente eleito e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), têm tratado do assunto em seu Twitter. Várias notícias na mídia tem falado sobre o regresso de diversos programas do governo anterior do petista, entre eles, a alteração nos relógios.
Algumas regiões alteram seus horários, enquanto outras continuam da mesma forma que antes. O horário de verão, na verdade, não afeta apenas o consumo de energia elétrica no país, mas também a vida da população brasileira, que precisa se acostumar com a mudança de seus relógios.
O horário de verão retornou às entrevistas e à pauta do novo governo. Por essa razão, espera-se que ele seja restituído no final de 2023. O presidente Lula também publicou no último dia 7 de novembro, um post no Twitter no qual perguntou aos usuários em uma enquete, o que a população achava da medida.
A votação na rede social foi encerrada no dia seguinte tendo como resultado 66,2% de votos aprovando a medida. Mais de duas milhões de pessoas participaram da enquete. Alguns dias antes da postagem no Twitter, Geraldo Alckmin respondeu a uma postagem do ator Bruno Gagliasso, dizendo que iria anotar a sugestão.
Até agora a equipe de transição do governo Lula ainda não fez uma confirmação oficial sobre o retorno do horário de verão. No entanto, o assunto está presente na pauta presidencial. Segundo o Ministério de Minas e Energia, se a medida realmente voltar, o govenro irá avisar a população com dois meses de antecedência.
O adiantamento dos relógios em uma hora no horário de verão busca gerar uma economia de energia para todo o país durante a primavera e o verão. Isso se deve ao fato de que há um adiamento no uso de eletrodomésticos e de lâmpadas nas residências das regiões onde a medida é estabelecida.
Normalmente, durante o período, havia uma economia de energia elétrica de cerca de 4% a 5% no horário de pico. No governo de Bolsonaro, o presidente chegou a afirmar que a medida não funcionava porque o horário de pico do consumo havia mudado, não havendo razão para continuar adiantando o relógio.
Deve-se observar que o horário de verão além de gerar uma economia de eletricidade, também aumenta a segurança nas ruas, há um crescimento nas vendas no varejo, restaurantes e bares. Além disso, há um favorecimento para a prática de exercícios físicos e a utilização de espaços públicos.
Entre as desvantagens do horário de verão para a população brasileira, podemos destacar a dificuldade que as pessoas têm de se adaptar ao adiantamento do relógio, mudanças relacionadas ao ciclo agropecuário, e uma diferença maior de horário nas regiões do país onde há a medida e onde não há.
Veremos o que irá acontecer a partir do ano que vem, quando o presidente Lula tomar posse. Sem dúvida é um assunto que gera uma grande repercussão, dividindo a população. Há pessoas que esperam ansiosas o período do horário de verão, enquanto que outras não conseguem, definitivamente, se adaptar.