Home office: por que David Solomon, CEO do banco Goldman Sachs, acha que é ‘uma aberração’

David Solomon, CEO do banco Goldman Sachs, acredita que o home office é “uma aberração”. Mesmo assim, no cenário da pandemia da Covid-19, ele declarou a BBC News que no ano passado havia “menos de 10% das pessoas” trabalhando no escritório.

O Banco Goldman Sanchs é reconhecido com um dos maiores grupos de bancos de investimento e valores mobiliários do mundo. Solomon defende que isso que o home office iria contra os valores da Goldman Sachs.

“Acho que para uma empresa como a nossa, que está dentro de uma cultura de aprendizagem colaborativa e inovadora, isso não é o ideal. E não pode ser um novo normal. É uma aberração que vamos corrigir o mais rápido possível”, afirmou em uma conferência recentemente, de acordo com informações da BBC News.

Solomon, ainda usa como argumento ser contra o home office os 3 mil novos funcionários que não se beneficiaram da chamada por ele “mentoria direta” “Estou muito focado no fato de que não quero outra turma de jovens chegando remotamente ao Goldman Sachs no verão”, declarou.

O CEO acredita que a pandemia da Covid-19 tenha impulsionado tecnologias que deixaram a empresa mais eficiente, porém não no âmbito do funcionamento da empresa e seus funcionários. “Não creio que, ao sairmos da pandemia, o modo geral de funcionamento de uma empresa como a nossa seja muito diferente”, afirmou.

Outras pessoas que pensam parecido sobre o home office é o CEO do JP Morgan, Jamie Dimon, chefe do Barclays, Jes Staley. Por outro lado, o Lloyds Banking Group estima reduzir 20% do espaço do escritório em três anos e o HSBC anunciou um corte de 40% no trabalho presencial.

Funcionários e o home office

Enquanto empresas podem se mostrar contrárias há essas mudanças para o home office definitivo, muitos funcionários enxergam pontos positivos, Este é o caso de Tom, 35, que trabalha com planejamento urbano. Em entrevista a BBC News, ele afirmou que voltar ao trabalho não o anima. “Realmente não estou ansioso para voltar ao escritório”, diz.

De acordo com ele, a experiência de se dedicar mais tempo aos filhos pequenos durante o home office na pandemia foi algo positivo, mas seus superiores insistem no modelo presencial. “Tive muita dificuldade com a falta de compreensão e apoio da geração mais velha de diretores, assim como sua ânsia em voltar aos escritórios e não aprender lições”, expõe.

Neste cenário de desejos que não coincidem, Tom estaria na procura de um novo emprego. “O melhor cenário para mim seria dois dias no escritório, para estabelecer uma conexão com os colegas, e dois ou três dias em casa”, diz ele.

Este é o modelo híbrido que muitas empresas têm visto como alternativa após a pandemia.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.