A Petrobras divulgou uma grande notícia para os motoristas do país nesta semana. Após reduzir em 4,3% o preço da gasolina no último dia 16 de junho, a companhia promoveu mais um reajuste no valor do combustível, para alegria dos motoristas.
Em resumo, a Petrobras reduziu em 5,3% o valor da gasolina comercializada para as distribuidoras. Com isso, o litro do combustível vai cair de R$ 2,66 para R$ 2,52, uma redução de 14 centavos. Esse é o menor valor da gasolina desde fevereiro de 2021 (R$ 2,48), ou seja, em mais de dois anos.
A título de comparação, a Petrobras estava comercializando a gasolina a R$ 3,08 por litro no final de 2022. Isso quer dizer que o preço do combustível vai ficar 56 centavos mais barato no país em relação a 2022.
Aliás, essa redução era desejada por muitos motoristas, que já haviam comemorado a redução realizada há duas semanas. Inclusive, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia informado em maio que os preços deveriam cair no país.
O reajuste anunciado nesta sexta-feira se referiu apenas à gasolina. Portanto, o óleo diesel continuará com os mesmos valores de antes, sem alteração. A propósito, a medida entra em vigor no país no sábado (1º).
Cabe salientar que essa é a quarta redução consecutiva no preço da gasolina. Antes destes reajustes, a Petrobras havia elevado em 7,5% o preço da gasolina, no dia 25 de janeiro. Já em maio, a companhia reduziu o preço do combustível em 12,6%.
Consumidores pagam mais caro
A saber, os preços nos postos de combustíveis são bem mais altos que os das distribuidoras. Isso acontece porque há outras variáveis que impactam os valores dos combustíveis, como impostos, taxas, margem de lucro e custo com a mão de obra. Por isso, a população deve pesquisar os preços mais econômicos para não pagar mais caro do que poderiam.
A Petrobras esclarece que a parcela da companhia no preço repassado ao consumidor será, em média, de R$ 1,84 após a redução promovida. Esse percentual se refere ao combustível que tem mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos.
“Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda“, informou a Petrobras em nota.
Por isso que os preços comercializados nas distribuidoras do país são bem maiores, justamente por causa das variáveis citadas. Para os consumidores resta procurar postos com preços mais acessíveis, já que sempre pagam mais caro para abastecerem seus veículos.
Petrobras mudou política de preços
Em meados de maio, a Petrobras reduziu em 12,6% o preço da gasolina vendida para as distribuidoras. Além disso, a companhia também reduziu em 12,8% o valor do diesel e em 21,3% o preço do gás de cozinha.
Tudo isso aconteceu graças à extinção da política de preço de paridade de importação (PPI), que se baseava nas variações do petróleo e do dólar para definir os reajustes nos preços dos combustíveis.
Com a mudança na política de preços, a Petrobras também passou a considerar fatores internos, minimizando a alta volatilidade dos preços, que se baseavam apenas nas cotações internacionais do dólar e do barril de petróleo.
Essa decisão foi tomada para beneficiar os brasileiros. De acordo com o governo federal, a política de preços da Petrobras prejudicava o consumidor, que sofria com a alta volatilidade dos preços.
Entretanto, a nova política não iria repassar oscilações de maneira imediata, uma vez que os fatores internos passaram a ter um peso maior na composição dos preços dos combustíveis.
Mudança no ICMS encarece gasolina
De acordo com um levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina disparou 4,03% nas bombas do país há duas semanas. Com isso, o combustível passou a custar R$ 5,42 nos postos, ante R$ 5,21 na semana anterior.
Contudo, nas duas semanas seguintes, houve redução nos valores, com o preço médio da gasolina caindo para R$ 5,35. Isso mostra que a redução eliminou apenas uma parte do avanço registrado por causa da mudança na cobrança do ICMS.
Por falar nisso, o Ministério da Fazenda aprovou uma mudança em relação ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incide sobre os combustíveis.
Até o dia 31 de maio, os estados brasileiros determinavam qual seria a alíquota do tributo que iria incidir sobre a gasolina. No entanto, desde o dia 1º de junho, o imposto passou a cobrar uma taxa única, que não é mais em percentual, mas agora é em real. A saber, o ICMS sobre a gasolina passou a corresponder a R$ 1,22 por litro do combustível.
Essa mudança na cobrança do ICMS foi muito ruim para os consumidores, pois o preço dos combustíveis ficou mais alto nas bombas da maioria dos estados brasileiros. Agora, a expectativa é que haja redução nos valores observados nas bombas, que pode acontece ao longo de semanas.