Grande notícia acaba de sair para brasileiros que vivem de aluguel

GRANDE NOTÍCIA acaba de sair para brasileiros que vivem de aluguel

Os brasileiros que pagam aluguel receberam uma grande notícia neste mês. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 1,84% em maio, intensificando a queda observada em abril (-0,95%).

Em resumo, os últimos meses de 2022 já mostravam desaceleração do IGP-M, com a inflação do aluguel apresentando variações bem modestas. No início deste ano, os preços do setor continuaram desacelerando, até que recuaram em abril e maio.

A propósito, o indicador é popularmente conhecido como inflação do aluguel. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados na última segunda-feira (29).

O índice funciona como um indexador de contratos, incluindo os de locação de imóveis. No entanto, o IGP-M não fica limitado a aluguéis, atingindo também contratos de tarifas públicas e seguros, por exemplo.

Além disso, influencia mensalidades de escolas e universidades, tarifa de energia elétrica e planos de saúde. Em outras palavras, o IGP-M é muito importante para diversos segmentos da sociedade, influenciando-os de maneira direta.

Com o acréscimo do resultado de maio, o índice passou a acumular uma queda de 2,58% em 2023 e de 4,47% nos últimos 12 meses. Isso quer dizer que os preços de locação de imóveis estão mais baratos neste ano, na comparação com 2022. Aliás, o IGP-M acumulava uma forte alta de 10,72% nos últimos 12 meses até maio de 2022.

Em síntese, essa é a segunda vez, desde fevereiro de 2018, que o IGP-M acumulado em 12 meses fica negativo, assim como ocorreu em abril. Inclusive, o percentual anual registrado em maio de 2023 é o menor de toda a série histórica, iniciada no final da década de 1980.

IGP-M abrange três índices

Em suma, a variação do IGP-M se dá por três indicadores:

  • Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA);
  • Índice de Preços ao Consumidor (IPC);
  • Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

Em maio, apenas um dos indicadores registrou desaceleração, na comparação com abril. Contudo, o resultado foi o suficiente para puxar o IGP-M para baixo, que ficou ainda mais negativo. A saber, o IPA foi o único indicador cujos preços caíram em maio, seguindo no campo negativo.

Por outro lado, o IPC e o INCC continuaram apresentando taxas positivas, ou seja, os preços subiram em relação a abril, pressionando o bolso dos brasileiros.

Preços ao produtor caem novamente

Em resumo, o IPA exerce o maior impacto no IGP-M, respondendo por cerca de 70% do índice. Por isso, o indicador considerado a inflação do aluguel tende a apresentar variações semelhantes a do IPA.

No quinto mês de 2023, o indicador caiu 2,72%, ante recuo de 1,45% em abril. O estágio das matérias-primas brutas caiu 6,48% em maio, após recuar 3,20% no mês anterior, exercendo um forte impacto no IPA e puxando-o para o campo negativo.

A deflação registrada no índice ao produtor (-2,72%), a maior de sua série histórica, foi influenciada pela redução dos preços de cinco grandes commodities, que juntas, respondem por aproximadamente 1/4 do peso total do IPA“, explicou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

Entre essas, vale citar o comportamento dos preços do minério de ferro (de -4,41% para -13,26%) e da soja (de -9,34% para -9,40%)“, acrescentou.

No caso do IPC, a taxa variou 0,48% em maio, mantendo-se praticamente estável em relação a abril (0,46%). A taxa teve uma leve aceleração por causa do aumento dos preços em seis das oito classes de despesas pesquisadas pelo FGV IBRE.

Em resumo, a maior contribuição veio do grupo alimentação, cuja variação dos preços acelerou, de 0,36% para 0,79%. O grande destaque no grupo foi o item hortaliças e legumes, com os preços registrando uma forte alta  de 6,32%, após queda de -0,68% em abril.

Os outros grupos que também registraram aceleração das variações foram comunicação, despesas diversas, saúde e cuidados pessoais, habitação e vestuário.

Em contrapartida, os preços desaceleraram nos grupos educação, recreação e leitura (-0,96% para -2,32%) e transportes (0,85% para 0,50%), puxados para baixo pelos itens passagem aérea (-5,59% para -13,29%) e gasolina (2,39% para -0,09%), respectivamente.

Inflação da construção acelera

O terceiro indicador que compõe o IGP-M acelerou em maio, limitando levemente a queda da inflação do aluguel. A saber, o INCC acelerou de 0,23% em abril para 0,40% em maio.

Em suma, o resultado do indicador foi impulsionado pela variação de apenas um dos três grupos componentes do INCC, apesar do decréscimo observado nos outros dois. As oscilações foram as seguintes: materiais e equipamentos (-0,14% para -0,06%), serviços (0,65% para 0,64%) e mão de obra (0,23% para 0,75%).

Estes dados mostram que a inflação do aluguel caiu em maio, apesar da alta observada nos preços da construção e aos consumidores. Isso aconteceu porque o IPA ficou ainda mais negativo e puxou o IGP-M para baixo no mês.

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