Você sabia que o PIX se tornou a forma de pagamento mais utilizada no Brasil? Pois é! Por causa disso, esse sistema tem se tornado cada vez mais indispensável para o bom funcionamento dos pequenos negócios.
Para se ter uma ideia, de acordo com a terceira edição da pesquisa “Pulso dos Pequenos Negócios”, mais da metade dos microempreendedores individuais (MEI), ou seja, 52% deles, afirmaram que consideram o PIX como a forma de recebimento principal para suas atividades comerciais.
Essa pesquisa foi conduzida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Quer entender melhor sobre essa pesquisa em relação ao aumento significativo das transações eletrônicas por meio do PIX, além de observações relacionadas? Continue a leitura com a gente.
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O Papel de Liderança do PIX
De acordo com a última pesquisa, a liderança do PIX como sistema de pagamento entre os Microempreendedores Individuais (MEI) se deve a vários fatores.
Por exemplo:
- Baixos custos em comparação com as maquininhas de cartões e à sua capacidade de realizar transferências instantâneas;
- O uso do PIX também elimina a necessidade de lidar com troco em transações, o que é conveniente tanto para os clientes quanto para os estabelecimentos;
- Proporciona uma forma rápida e eficiente de registrar e acompanhar as transações financeiras, facilitando o controle e a gestão das finanças do negócio;
- Através desse sistema de pagamento, os pequenos negócios conseguem tomar decisões mais ágeis e precisas em relação ao fluxo de caixa, incluindo o pagamento de fornecedores e a antecipação de recebimentos;
- A sua integração em diversos aplicativos e plataformas ainda tornam-no facilmente acessível, aumentando a conveniência e a disponibilidade desse método de pagamento.
Dessa forma, em muitos casos, os microempreendedores estão até mesmo concedendo descontos aos clientes que optam por utilizar o PIX. Impulsionando ainda mais o uso desse método de pagamento entre a categoria.
Vale dizer que, o cartão de crédito continua sendo o segundo meio de pagamento preferido, sendo utilizado por 20% desses microempreendedores. Por fim, em terceiro lugar está o dinheiro em espécie, sendo utilizado por 12%.
Como fica a posição do PIX entre as micro e pequenas empresas?
Nas micro e pequenas empresas, a utilização do cartão de crédito apresenta algumas particularidades. Apesar das taxas cobradas pelas maquininhas, ele ainda é amplamente utilizado devido às vantagens que oferece, como a opção de parcelar as compras e pagar a fatura mensalmente.
Assim, de acordo com o levantamento apresentado pelo Sebrae, entre as micro e pequenas empresas, que possuem um faturamento anual entre R$ 82 mil e R$ 4,8 milhões, observa-se que tanto o PIX quanto o cartão de crédito são opções igualmente populares.
Nesse sentido, essas duas formas de pagamento são reconhecidas como a principal maneira de receber fundos em 27% das empresas dentro desse setor.
Em seguida, os boletos são mencionados como o segundo meio de recebimento mais utilizado, com uma preferência de 18% das empresas.
A tendência é que a preferência pelo PIX continue ganhando cada vez mais espaço na economia.
Todavia, vale dizer que, de acordo com o Banco Central (BC), o aumento das transações digitais é um fenômeno que ocorreu antes mesmo do lançamento do PIX e das transformações impulsionadas pela pandemia de Covid-19, embora tenha ganhado ainda mais força nos últimos dois anos.
Um fator importante, segundo o BC, foi a criação formal das instituições de pagamento, regulamentadas pelo órgão em 2016. Esse marco proporcionou um ambiente propício para o desenvolvimento de soluções inovadoras no setor financeiro.
Portanto, o avanço das transações digitais no Brasil é resultado de uma combinação de fatores.
Questões que preocupam os empreendedores
Por fim, o levantamento também considerou pesquisar sobre as principais questões que causam preocupações entre os empreendedores. Confira:
- Aumento de custos: Liderou as menções, citado por 38% dos entrevistados, mas teve uma redução de quatro pontos percentuais em relação à primeira edição da pesquisa;
- Falta de clientes: Passou de 24% em agosto para 31% agora. A alta dos juros e o endividamento das famílias são apontados como causas desse aumento;
- Relação entre falta de clientes e custos: O medo da falta de clientes tem feito os empreendedores hesitarem em repassar os aumentos de custos para os consumidores;
- Repasse dos custos: Dos entrevistados, 78% relataram aumento de gastos nos últimos 30 dias, mas apenas 8% repassaram totalmente esses custos para os clientes. Enquanto isso, 49% não repassaram o impacto e 41% repassaram parcialmente;
- Outros fatores mencionados: Além do aumento de custos e falta de clientes, a pesquisa não identificou outras preocupações significativas. No entanto, 2% dos entrevistados não souberam ou não responderam sobre seus principais problemas.
Em conclusão, só para mencionar, a terceira edição da pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios ocorreu no período de 24 de abril a 2 de maio, utilizando um formulário online como meio de coleta de dados.
É importante ressaltar que a pesquisa possui uma margem de erro de 1 ponto percentual, tanto para cima quanto para baixo.