Governos discutem quais trabalhadores parariam em novos fechamentos na pandemia

Membros do Governo Federal e dos Governos estaduais estão discutindo quais trabalhadores deveriam parar em possíveis novos fechamentos de serviços na pandemia. Essa, aliás, é a preocupação do momento em várias categorias trabalhistas. Há um medo do futuro próximo.

De acordo com os últimos fechamentos de atividades, os Governos dos estados estão preferindo mexer apenas os serviços que não essenciais. Esse é um ponto que ninguém está colocando em discussão. A questão agora é definir quais são esses trabalhos não essenciais. Quais empregados parariam?

Recentemente, a associação que representa a classe dos trabalhadores de shoppings (Abrasce), disse que enviou um ofício para o Governo do estado de São Paulo sobre esse tema. Nesse ofício, eles pediram para que os trabalhadores da área da construção civil entrassem também no grupo desses serviços que fechariam.

A ideia central da Abrasce é fazer com que o Governo faça um revezamento. Assim, em alguns dias da semana, os trabalhadores dos shoppings iriam ao trabalho. Em outros dias, quem os empregados da construção civil iriam e assim sucessivamente. Assim, na visão deles, ninguém perderia muito.

Quem não gostou nada dessa ideia foi a associação que representa os trabalhadores da construção civil no Brasil (Anamanco). Em nota, eles disseram que a proposta da Abrasce não resolveria o problema dos shoppings e ainda complicaria a situação dos trabalhadores da construção civil.

Trabalho essencial

Em maio de 2020, ainda no início da pandemia no Brasil, o Presidente Jair Bolsonaro publicou um decreto dizendo que os trabalhadores da construção civil eram empregados essenciais. Portanto, hoje a lógica é a mesma e os estados devem levar isso em consideração.

Entre outras coisas, a Anamanco disse que esses serviços são essenciais porque, de acordo com eles, possuem ligação com as necessidades urgentes da população.  “Ninguém vai à loja de construção para passear. Só vai por necessidade”, disse o superintendente da associação, Waldir Abreu.

Em entrevistas recentes o Presidente Jair Bolsonaro vem dizendo que acredita que todas as profissões são essenciais. Ele disse que todos esses trabalhadores precisam levar dinheiro para as suas casas. Por isso, ainda na visão do Presidente, todos seriam importantes.

Fechamentos na pandemia

Os fechamentos de serviços durante a pandemia do novo coronavírus no Brasil viraram uma realidade novamente neste ano de 2021. Tudo isso por causa do aumento no número de novos casos e de mortes por causa da Covid-19. E não foi um aumento pequeno.

De acordo com os principais especialistas em infectologia, o melhor a se fazer em uma pandemia é de fato evitar aglomerações. Essa seria portanto a única maneira de tentar se livrar de contaminações pelo vírus. Isso porque, como se sabe, nós estamos falando de uma doença que passa de pessoa para pessoa.

Segundo informações de secretarias estaduais de saúde, o Brasil registrou mais de 414 mil mortes por causa novo coronavírus. O país é um dos que mais enterrou vítimas da doença. Os médicos pedem ao máximo que as pessoas mantenham o distanciamento social.

É justamente por isso que vários governadores de estados e do Distrito Federal estão optando por medidas de restrição. Caso os números da pandemia voltem a crescer como antes, então é provável que os fechamentos voltem e a confusão entre os trabalhadores também.

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