Governo volta a discutir sobre a reformulação do Bolsa Família em 2021

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em suas redes sociais que a intenção é aumentar o valor líquido do benefício concedido as famílias em 50%.

Após os encaminhamentos para a prorrogação do auxílio emergencial 2021, o Governo Federal retorna a atenção para a reformulação do Bolsa Família.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em suas redes sociais que a intenção é aumentar o valor líquido do benefício concedido as famílias em 50%. O programa deve receber um novo nome e deve ser liberado ainda este ano, especificamente no mês de novembro.

“O ministro Queiroga [Marcelo Queiroga, ministro da Saúde] prevê que em mais três meses tenhamos o controle epidemiológico. O auxílio emergencial vai até lá e aí aterrissamos no Bolsa Família, que o presidente também já determinou que tem que ter um valor substancial para proteger justamente a população mais frágil”, afirmou Guedes.

Além dele, o ministro da Cidadania, João Roma, também defende que o benefício deve ser alterado até novembro de 2021. Em sua declaração, o ministro disse que a meta é que os benefícios destinados aos cidadãos brasileiros tenham um constante crescimento.

Novo Bolsa Família com R$ 20 bilhões de investimento

O Ministério da Economia pretende utilizar R$ 20 bilhões no novo programa. Segundo informações, os recursos são oriundos da Reforma Tributária, visto o recolhimento do Imposto de Renda e da tributação de dividendos.

Especialistas dizem que a amplificação do programa, que ainda não tem nome definido, é uma estratégia utilizada pelo atual presidente da república, Jair Bolsonaro, visando a reeleição em 2022.

Apoio e popularidade por meio de políticas sociais

Considerando que Bolsonaro era um crítico de programas assistenciais, incluindo o Bolsa Família, as últimas discussões em que o líder do executivo está empenhado em reformular o programa é visto como uma manobra política, segundo os especialistas.

No ano passado, o presidente da república ganhou popularidade com o auxílio emergencial, que concedeu cinco parcelas no valor de R$ 600 e mais quatro no valor de R$ 300. Na ocasião, 68,2 milhões de cidadãos brasileiros foram atendidos.

Neste sentido, especula-se que Bolsonaro pretenda deixar sua marca no Bolsa Família. Há discussões que definem o novo programa como “Alimenta Brasil”.

Contudo, o novo programa deve combinar outros benefícios, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o auxílio-creche.

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