Governo NÃO demitiu 396 mil servidores públicos que fraudaram auxílio de R$600
Informação que circula nas redes sociais foi desmentida pela Controladoria-Geral da União
Nas redes sociais, começou a circular o boato de que o governo federal havia demitido 393.316 servidores públicos por fraude no auxílio emergencial de R$ 600. O benefício é voltado a trabalhadores informais, autônomos, desempregados e microempreendedores individuais (MEIs) e paga cinco parcelas de R$ 600 durante a pandemia do novo coronavírus.
A agência Lupa, conhecida por verificar boatos e informar se são verdadeiros ou falsos, analisou a informação. Em nota, a Controladoria-Geral da União desmentiu a informação. De acordo com a CGU, 7.236 servidores públicos federais que receberam o auxílio emergencial foram identificados. Ainda de acordo com a CGU, a conduta pode ser tipificada como crime de falsidade ideológica e estelionato. Também pode ser tipificadas infrações disciplinares.
Antes de ser punido, o servidor público pode se defender. Ele só perderá o cargo em caso de sentença judicial ou processo administrativo disciplinar. De acordo com a CGU, também há a possibilidade do CPF do servidor público ter sido utilizado por outra pessoa e casos de servidores que solicitaram o auxílio antes de serem vinculados com o cargo. Cada caso deverá ser analisado individualmente.
Nas esferas estaduais, municipais e distrital, a Controladoria-Geral da União identificou pagamento do auxílio para 371.529 servidores públicos. O número abrange servidores ativos, inativos e pensionistas. Ou seja, mais de 93% dos servidores que receberam auxílio não são da esfera federal.
Enquanto isso, entre os cidadãos, milhares ainda não sabem se receberão o benefício e seguem com cadastro em análise.