O Fordismo foi um modelo de produção utilizado primeiramente nos Estados Unidos e revolucionou a maneira de fabricar automóveis. O método foi criado por Henry Ford, fundador da Ford Motor Company, no início do século XX.
É um tema super recorrente em questões do ENEM e em vestibulares do Brasil, principalmente na parte de geografia. Assim como é um conteúdo importante para embasar argumentos em redações.
Além disso, estamos falando de um dos sistemas de produção mais relevantes da história recente do mundo, então, certamente é um conhecimento imprescindível para entender as origens das cadeias de produção e demais processos.
Origem do Fordismo
Henry Ford foi inspirado nas práticas já existentes no continente europeu, por ideias desenvolvidas por Frederick Taylor e adaptadas para sua indústria automobilística.
Com isso, criou uma linha de montagem e uma padronização em seus produtos. O maior exemplo da época foi o modelo de carro Ford Model T.
A produtividade nas indústrias Ford era altíssima e o tempo gasto na produção bem baixo. Isso foi determinante para o sistema se tornar um sucesso, dominando o modelo de produção no mundo entre 1920 e 1960, quando surgiu o Toyotismo.
É importante frisar que o Fordismo foi uma adaptação das ideias do Taylorismo, o qual consistia em um sistema baseado no tempo de movimento de cada trabalhador. Ou seja, o trabalhador era adaptado ao ritmo da máquina, tendo menos interrupções e desperdícios e maior produtividade.
Características
A principal característica do Fordismo é a produção em massa. Henry Ford queria produzir muito e mais barato. E com isso desenvolveu as técnicas necessárias.
Padronização no processo produtivo
Ford viu que era necessário padronizar o seu produto para ganhar agilidade, reduzir custos e produzir bastante. Dessa forma, implementou máquinas que cortavam todos os componentes dos veículos. Isso foi determinante para a produção em massa do modelo T, por exemplo.
Linha de montagem
A linha de montagem era automatizada no fordismo e contava com uma esteira rolante que levava o produto até o operário. Os profissionais ficavam parados em suas bases esperando o produto, cada um em uma posição específica para sua função. Ou seja, o processo de produção tinha começo, meio e fim.
Redução do tempo de produção
Com a implementação da esteira na linha de montagem o tempo de produção caiu abruptamente, reduzindo custos e produzindo muito mais.
Produção em massa e produto barato
Com as ideias bem implementadas, o Fordismo diminuiu o tempo de produção, assim como os custos incorridos para produzir um veículo, barateando o produto final e tornando os carros Ford populares.
Fim do Fordismo
O Fordismo fez um sucesso avassalador no começo de sua existência e seu modelo se espalhou pelo mundo. Porém, com o passar do tempo, a redução do consumo e as crises econômicas da época, fizeram com que as indústrias acumulassem muito estoque e isso gerou uma crise de superprodução.
Além disso, o Fordismo não oferecia flexibilidade em seu produto, isto é, não era um produto versátil. É de Ford a famosa frase “o cliente pode ter o carro da cor que quiser, contanto que seja preto.”
Com todos esses fatores e o surgimento do Toyotismo, que é um modelo de produção sob demanda e sem estoques o Fordismo foi substituído. No entanto, sua importância é inegável para ter ocorrido a transformação dos Estados Unidos em uma grande potência industrial.
É considerado o símbolo da segunda revolução industrial. O fordismo vai além de um modelo de produção, criando conceitos como o da sociedade do consumo em massa.
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