Durante uma operação de fiscalização realizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram encontradas algumas irregularidades. Ao total são 6 categorias diferentes de alimentos com suspeita de fraude.
A investigação visava combater fraude e abrangeu marcas de café torrado e moído, azeite de oliva, arroz, feijão, além de frutas e vegetais. A ação ocorreu recentemente em São Paulo e na capital federal, Brasília.
Como aconteceu a operação para combate de fraude no setor
Em São Paulo, foram confiscados volumes significativos de feijão, arroz e azeite falsificados em uma indústria de embalagem. Em relação aos produtos, foram constatados problemas com as etiquetas, bem como pacotes de arroz distribuídos em cestas básicas e uma marca de feijão em promoção.
Ambos continham itens quebrados, com fermentação interna e também misturados com grãos de soja. Surpreendentemente, tanto o arroz quanto o feijão estavam rotulados como sendo do tipo 1. Essa é uma classificação que indica grãos que atendem a padrões rigorosos de qualidade, o que não correspondia à realidade encontrada.
A ação, conduzida pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), abrangeu também a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Lá foram procurados resíduos de agrotóxicos em frutas e vegetais frescos.
Já no Distrito Federal, o foco foi no café torrado, tendo sido retirados de circulação 2.093 pacotes de 500 gramas. Estes apresentavam suspeitas de conter substâncias estranhas e impurezas acima dos limites permitidos pelo ministério.
O Ministério da Agricultura e Pecuária informou que não é possível divulgar as marcas dos produtos apreendidos. Isso porque o processo administrativo está em andamento.
Fábrica interditada
Adicionalmente às apreensões, uma fábrica de azeite de oliva foi interditada pelas autoridades sanitárias estaduais. Dessa forma, no local, foram encontrados rótulos irregulares e falta de rastreabilidade nos tanques com matérias-primas.
Amostras coletadas na fábrica serão analisadas pelos laboratórios do Mapa. O ministério destacou que os nomes das empresas e marcas autuadas serão divulgados posteriormente, quando os processos administrativos forem concluídos. Assim, se garantirá o direito de defesa dos fabricantes e/ou vendedores.
4 lotes de feijões foram recolhidos por ordem do governo
Foi determinada a retirada de circulação de quatro lotes dos feijões das marcas Sanes e Da Mamãe pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. O motivo? A descoberta da presença dos grãos deteriorados e fermentados.
Conquanto, aqui estão os lotes afetados:
- Feijão cores com seu lote 51 da marca Da Mamãe;
- Feijão preto com seu lote 06 da marca Da Mamãe;
- Preto do seu lote 030423 da marca Sanes;
- Preto do seu lote 080323 da marca Sanes.
Grãos que se danificaram
Os feijões impróprios para o consumo estavam no Distrito Federal e no Rio de Janeiro. Ademais, de acordo com a Embrapa, um grão é considerado “fermentado” quando sua parte interna apresenta sinais visíveis de deterioração. Esse problema tem causa no excesso da umidade ou do calor.
Grãos mofados, bem como fermentados acima do limite de 15% indicam baixa qualidade. Portanto, representam um risco para a saúde do consumidor, conforme afirmado pelo governo. Esses grãos estão passíveis de ter micotoxinas prejudiciais para o organismo, o que comumente causa intoxicação alimentar e reações alérgicas.
Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, diz que o Ministério da Agricultura enfatiza a importância de os consumidores verificarem se possuem algum pacote das marcas, bem como dos lotes mencionados. Seja nas suas casas ou nos restaurantes, é essencial fazer essa verificação.
Assim, se tiverem adquirido esses produtos, devem interromper imediatamente o consumo. Em seguida, precisam contatar o estabelecimento onde foram adquiridos para realizar a devolução ou o descarte adequado.