Fim de semana começa com AVISO IMPORTANTE sobre o Salário Mínimo e brasileiros ficam surpresos
Governo pretende aumentar o poder de compra do trabalhador
Uma grande parte dos trabalhadores brasileiros recebem mensalmente, por seus serviços, o salário mínimo. Todavia, o presidente Lula, reajustou o piso salarial no último dia 1º de maio para R$1.320. Muitas pessoas comemoraram o aumento, mas será que esse valor realmente possibilita ao cidadão cobrir seus custos mensais?
Uma das maiores preocupações dos trabalhadores está relacionada com os valores cobrados pela cesta básica. De fato, uma boa parte do salário mínimo é gasto para cobrir essa despesa. Dessa forma, estima-se que o piso salarial instituído no país deveria ser bem maior para que o cidadão pudesse ter uma vida razoável.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no mês de maio de 2023, o salário mínimo ideal, capaz de sustentar um núcleo familiar de quatro pessoas, deveria ser de R$6.652,09. Desse modo, esse valor é cinco vezes maior que o piso salarial vigente.
Ademais, na comparação com o mês de abril deste ano, período em que o salário mínimo ainda estava em R$1.302, o valor necessário para que o brasileiro tivesse uma vida mais confortável era de R$6.676,11, ou seja 5,13 mais do que o piso salarial. Essa disparidade aponta que é preciso uma valorização do trabalhador.
Salário mínimo x Cesta básica
Podemos comparar o valor do salário mínimo com os preços negociados para a cesta básica no país. Deve-se considerar o piso salarial líquido, ou seja, com o desconto de 7,5% relativo à Previdência Social. Dessa maneira, o Dieese apontou que o trabalhador gasta 55,68% do que ganha com a alimentação.
São produtos alimentícios básicos, que comprometem uma boa parte da renda do cidadão. Segundo a pesquisa, em maio, o tempo necessário para que o trabalhador pudesse comprar sua cesta básica ficou em 112 horas e 53 minutos. Sendo assim, o estudo demonstra uma capacidade orçamentária fraca do cidadão.
A princípio, segundo o Dieese, o tempo necessário de trabalho para o cidadão comprar sua cesta básica em fevereiro de 2023 estava em 114 horas e 38 minutos. Em relação a março do ano passado, era preciso que o cidadão trabalhasse cerca de 119 horas e 11 minutos para ter condições de arcar com sua alimentação.
O Dieese analisou cerca de 17 cidades, sendo que 11 delas apresentaram um recuo nos valores negociados relacionados à cesta básica. Podemos destacar Brasília com um recuo de -1,90%, e Campo Grande, com uma queda de -1,85%. Aliás, houve uma alta em Salvador, de 1,42%, Curitiba, de 1,41% e Belém, de 1,37%.
Valor da cesta básica
A cidade de São Paulo, segundo o estudo do Dieese, é o município que apresentou a cesta básica mais cara do país. Enfim, ela estava custando cerca de R$791,82. Por outro lado, os valores negociados em Aracaju estavam em R$553,76, ou seja, é a região onde os itens básicos de alimentação estavam mais baratos no Brasil.
Dessa maneira, convém observar que a inflação acaba por fazer com que o trabalhador brasileiro perca seu poder de compra. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou uma alta de 0,23% no mês de maio deste ano. É um recuo se comparado com os 0,61% registrados em abril.
Vale ressaltar que o mercado esperava um índice um pouco maior, de 0,33%. Dessa maneira, é importante frisar que nos primeiros cinco meses de 2023 o IPCA teve uma alta de 2,95%. Em relação às projeções para o ano, a inflação está abaixo das estimativas, em 3,94%, sendo que o pressuposto do índice era de 4,03%.
Reajuste do piso salarial
O salário mínimo foi reajustado no início de 2023 de R$1.212 para R$1.302. Essa alteração teve como base de cálculo a inflação do ano. Em suma, houve uma grande discussão no Governo Federal a respeito dos valores relacionados, visto que o aumento não era considerado como um ganho real dos trabalhadores.
Em conclusão, o cálculo do salário mínimo pode ser alterado levando em consideração outros indicadores. O presidente Lula alterou novamente seu valor em maio, com o objetivo de garantir um maior poder de compra dos trabalhadores brasileiros. Espera-se que nos próximos anos o cálculo do piso salarial praticado no Brasil considere também o Produto Interno Bruto (PIB) do país.