Extrema pobreza: 2 milhões de famílias caem na gestão Bolsonaro

Viver no Brasil não tem sido fácil para quem ganha um salário mínimo, ainda mais pelos altos preços da cesta básica. Imagine só para quem vive na linha de extrema pobreza? Pois é. E o número de pessoas nesta situação só tem aumentado.

Levantamento apontou que 2 milhões de famílias caíram para esta faixa de renda na gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), isso contando apenas de janeiro de 2019 e junho de 2021. Os números são do Cadastro Único do governo federal, o chamado CadÚnico, e foram divulgados pelo portal Uol.

É considerada extrema pobreza quando a família vive com até R$ 89 no mês por pessoa. Por exemplo, uma família com dois adultos e duas crianças vive com até R$ 356 mensais para estar nesta faixa de renda.

Os números apontam que no final do governo do presidente Michel Temer (MDB), em 2018, havia 12,7 milhões na extrema pobreza. Número que saltou, no governo Bolsonaro, para 14,7 milhões até junho deste ano.

O número de famílias que o Brasil atingiu em situação de extrema pobreza é também o maior desde o início da série histórica, em outubro de 2012.

Imagine só a situação desta família diante do alto preço dos alimentos, o valor se quer dá para comprar uma cesta básica. Não a toa um levantamento realizado pelo Datafolha e publicado pela Folha de São Paulo, dá conta que para 69% dos brasileiros a economia piorou.

O valor da cesta básica chega a média máxima de R$ 664,67 e mínima de R$ 456,40. Ou seja, esta família poderá ter problemas até para se alimentar. Isso sem falar no alto preço do gás de cozinha e das contas de consumo.

Entenda os motivos do aumento de famílias nesta situação

Não há um motivo específico para este resultado, mas sim uma soma de fatores, isso de acordo com o economista e pesquisador da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) Cícero Péricles de Carvalho, ouvido pelo Uol.

“Pela Pnad [Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE] de maio, o número de desempregados chega a 14,8 milhões de trabalhadores. Esse dado, mais a inflação, principalmente a de alimentos, influencia na renda e no consumo. O Dieese [Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos] calcula que, nos 12 últimos meses, a cesta básica teve uma variação média de 22% e que o valor do salário mínimo necessário seria de R$ 5.422, cinco vezes maior que o piso em vigor”, defendeu.

Confira o número de famílias em extrema pobreza:

Mês/AnoNº de famílias/ extrema pobreza
mai/2114,6 milhões
jan/2114,4 milhões
jul/2013,8 milhões
jan/2013,5 milhões
jul/1913,3 milhões
jan/1912,9 milhões
jan/1812,5 milhões
abr/1712,6 milhões
out/16 12,2 milhões
abr/1612,1 milhões
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