EUA: Crianças retornarão à escola mesmo podendo transmitir Covid-19, diz secretária

Professores e familiares se preocupam sobre a possibilidade de as crianças contraírem ou transmitirem a doença quando voltarem às salas de aula

As aulas nos EUA devem voltar em breve, mesmo diante dos números altos de contaminados e mortos por coronavírus.

Segundo a secretária de Imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, as crianças devem voltar para a escola mesmo se for comprovado que elas transmitem Covid-19. Vale lembrar que o vírus já matou mais de 140 mil pessoas nos Estados Unidos.

“Mesmo que haja a transmissão e estudos sejam publicados no futuro, digamos assim, nós acreditamos que os estudantes devem voltar para a escola porque o efeito em uma criança, nós sabemos — cientificamente, eles não são afetados da mesma maneira que um adulto”, disse McEnany em entrevista coletiva.

Essa foi a resposta dada pela secretária a uma pergunta relacionada a comentários feitos pela médica Deborah Birx, que faz parte da força-tarefa da Casa Branca para o coronavírus. Há, por uma parcela do governo, o consenso de que o comportamento da doença em crianças não é agressivo assim como com os adultos.

A reabertura das escolas está sendo fortemente defendida pelo presidente norte-americano, Donald Trump. As instituições foram fechadas de forma abrupta na primavera no Hemisfério Norte, assim que começaram a aumentar gradativamente os casos de coronavírus no país.

A Covid-19 se disseminou pelos EUA de maneira bem rápida – atualmente é o país com maior número de contágio e mortos. No entanto, o discurso do presidente Donald Trump e seus aliados sempre foi de retornar com as aulas assim que houvesse uma trégua.

Por outro lado, assim como ocorre no Brasil, há manifestações de preocupações de professores e familiares sobre a possibilidade de as crianças contraírem ou transmitirem a doença quando voltarem às salas de aula.

Estudo citado por médica dos EUA sobre crianças contraírem Covid-19

A médica norte-americana Deborah Birxsta relatou nesta sexta-feira, no programa de TV “Today”, que “ainda há uma questão em aberto” sobre a velocidade com que crianças com menos de 10 anos propagam a doença.

Segundo ela, um estudo sul-coreano mostra que crianças menores de 10 anos de idade transmitem o vírus em menor nível, se comparado com pessoas de outras faixas etárias. Já as que têm mais de 10 anos apresentam taxa igual de transmissibilidade que adultos.

Birx também afirmou que crianças com comorbidades podem “sofrer consequências terríveis” se forem infectadas.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.