Estudo aponta que 3 em cada 10 pequenos negócios estão com DÍVIDAS

As empresas tem apresentado uma perda em seu faturamento

De acordo com uma pesquisa feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 3 em cada 10 micro e pequenas empresas atrasaram o pagamento de dívidas em janeiro deste ano. Uma das causas é a queda em seu faturamento.

O levantamento aponta que também houve uma perda do poder de compra das famílias, o que levou a uma maior dificuldade em quitar os débitos em atraso. A pesquisa do Sebrae, junto ao IBGE, foi realizada entre os dias 23 e 31 de janeiro. Cerca de 6.802 empresas foram analisadas em todos os estados do país.

Todavia, o número de empresas endividadas passou de 24% em agosto de 2022, para 27% em janeiro deste ano. Os microempreendedores individuais (MEIs), foram os mais prejudicados. De acordo com o levantamento, 63% deles gastam mais de 30% de seus faturamentos com o pagamento de dívidas.

Vale ressaltar que 55% das micro e pequenas empresas em todo o país, também estão com dificuldades financeiras. Para realizar o estudo, o Sebrae e o IBGE fizeram várias perguntas aos empresários e MEIs. Dessa maneira, pôde-se observar o cenário econômico no qual estão inseridos.

Informação sobre a pesquisa

As empresas receberam algumas perguntas, como por exemplo, sobre as suas dívidas e empréstimos. 39% afirmou que possuem débitos e contratos de cessão de crédito a serem pagos e estão em dia. 34% afirmaram não se encontrarem nesta situação. 27% afirmaram que estão em atraso.

Em relação ao percentual de 30% de seus ganhos, a ser pago para a quitação de débitos, 63% dos MEIs estão nesta situação, gastando uma boa parte de seu faturamento para pagar suas dívidas atrasadas. A pesquisa do Sebrae e IBGE apontou o mesmo para 46% das pequenas e médias empresas do país.

Situação dos negócios

A princípio, mesmo com dívidas em atraso e queda no faturamento, os empreendedores do país têm evitado repassar os seus custos para os consumidores. Há um receio destes empresários em perder clientes, em um cenário econômico cheio de incertezas, com juros altos, inflação e desemprego.

Segundo a pesquisa, 47% dos empreendedores não reajustaram os valores cobrados por seus produtos e serviços, mesmo tendo observado um crescimento exponencial em seus gastos. Entretanto, 42% repassaram a seus clientes parcialmente os valores devidos. 9% deles, repassaram o total.

Analogamente, o estudo apresentado apontou que 8 em cada 10 empresários observaram um aumento significativo em seus custos em janeiro deste ano. Durante as entrevistas, eles afirmaram estar preocupados não só com os custos de sua operação, mas também na falta de clientes, dívidas, pandemia, entre outros.

Vale ressaltar que mesmo com dificuldades financeiras, os empreendedores continuaram a fazer investimentos e a buscar por melhorias em sua produtividade, eficiência e gestão corporativa. Cerca de 45% investiram nos últimos três meses do ano passado, índice 50% menor que o de agosto de 2022.

O que fazer para pagar dívidas

O empreendedor que deseja quitar suas dívidas deve seguir algumas estratégias para se organizar financeiramente, controlar seus gastos, e reservar alguns valores para os débitos em atraso. Dessa forma, é possível sair do vermelho, garantir uma maior produtividade no empreendimento e aumentar o lucro.

Primeiramente, o controle financeiro é essencial, além de organizar as finanças. Ele é um assunto sério para quem deseja desenvolver plenamente o seu negócio. Ele garante a existência da empresa no futuro e o dinheiro certo para o pagamento de todos os custos operacionais e para as dívidas.

Ademais, é preciso identificar as causas do problema financeiro. O ideal é observar o que aconteceu com o empreendimento nos últimos anos que teve como consequência, as dívidas atuais. Além disso, o fluxo de caixa deve estar atualizado. É uma maneira de se conhecer os gastos e as receitas da empresa.

Em conclusão, o empreendedor deve tentar renegociar as suas dívidas em atraso. O mais indicado é conversar com os credores sobre a situação financeira. Dessa maneira, pode-se chegar em um acordo que beneficie ambas as partes. Também é possível obter descontos e um aumento nos prazos de pagamento. 

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