Estrutura verbal: entenda o que é radical, vogal temática e desinências
Questões sobre estrutura verbal costumam ser comuns e caem bastante nas provas de concurso público. Dessa forma, se você pretende ser um concursado, precisa entender principalmente o que são radical, vogal temática e desinência, inclusive nominais, mas, aqui, o assunto será focado em verbos.
Sendo assim, continue a leitura para aprender como saber o radical de um verbo, quais são suas vogais temáticas e o que é desinência com exemplos para mais clareza no assunto. Ainda, você entenderá o que são os afixos e o tema.
Como saber o radical de um verbo?
Primeiramente, é importante que você já tenha um conhecimento em conjugação de verbo, pois você precisará fazer isso para descobrir o radical de algum. Vamos pegar como exemplo algumas formas do verbo “andar”, veja:
- andássemos;
- andaria;
- andam;
- andava;
- andei.
A partir disso, você identificará qual é a parte do verbo que se mantém em todas suas formas verbais. Sendo assim, nesse caso, temos como radical “and”.
Quais são as vogais temáticas do verbo?
Na estrutura verbal, as vogais temáticas são as que acompanham o radical, determinando a conjugação do verbo. Isto é, elas aparecem entre o radical e a desinência e podem ser “a” (verbos de primeira conjugação), “e” (verbos de segunda conjugação) e “i” (verbos de terceira conjugação) — um pouco diferente do que ocorre na estrutura de nomes, em que elas são “a”, “e” e “o”.
Sendo assim, usando ainda o verbo do tópico anterior como exemplo, temos como vogal temática o “a” (andássemos, andaria, andam, andava).
Tema do verbo
Dessa forma, ao identificar o radical e a vogal temática do verbo, chegamos ao tema dele, que é a junção desses dois, sendo o tema dos verbos citados “anda”.
O que é desinência verbal e quais alguns exemplos?
Quando falamos de desinências de um verbo, temos duas alternativas:
- desinência modo-temporal: classifica o modo e o tempo verbal;
- desinência número-pessoal: classifica o verbo em singular e plural, bem como em primeira, segunda ou terceira pessoa.
Vamos pegar como exemplo as desinências das formas verbais já citadas:
- andássemos — “sse” indica o tempo do verbo (pretérito imperfeito) e o modo dele (subjuntivo), e “mos” representa a pessoa (primeira pessoa) e o número (plural), o que identifica o “nós”;
- andaria — “ria” indica futuro do pretérito do indicativo;
- andam — “m” indica terceira pessoa do plural;
- andava — “va” indica pretérito imperfeito do indicativo.
Repare que, nas formas “andaria” e “andava”, se acrescentada a desinência “mos”, teríamos verbos na primeira pessoa do plural.
Ausência de desinência
A ausência de desinência é também chamada de morfema zero. Você deve ter percebido que nos últimos três verbos citados só observamos um tipo de desinência — o que não quer dizer que o outro tipo não exista, ele só não está presente por meio de um morfema como no primeiro caso, que temos dois morfemas, um que indica modo e tempo e outro que indica número e pessoa.
Nesse sentido, pegue essa dica: no presente do indicativo (como é o caso de “andam”) e no pretérito perfeito do indicativo, o morfema de desinência modo-temporal sempre é ausente, o que não ocorre nos demais tempos verbais.
Existe afixo na estrutura verbal?
A situação dos afixos é a única que é igual tanto para os verbos quanto para os substantivos. Eles alteram o sentido da palavra, mas é importante notar que não têm a ver com flexão verbal. Então, de acordo com nosso verbo “andar”, um exemplo de afixo seria “desandar”. Note que o “des” não caracteriza modo ou tempo verbal, nem número e pessoa, e sim dá um sentido diferente ao verbo, com uma ideia de negação ou falta.
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