De acordo com as estatísticas monetárias e de crédito, divulgadas recentemente pelo Banco Central do Brasil (BCB), o crédito foi ampliado ao setor não financeiro, chegando a R$ 15,0 trilhões.
As estatísticas oficiais do Banco Central do Brasil (BCB) são divulgadas periodicamente e servem de base para uma análise ampla sobre a economia do país. Visto que diversos fatores impactam o mercado de crédito e todos eles descrevem a situação macroeconômica do país.
Economia: estatísticas de crédito do Banco Central destacam a volatilidade do cenário econômico atual
Sendo assim, a análise oficial traz alguns pontos principais sobre as estatísticas relacionadas ao crédito dentro da volatilidade econômica no cenário atual. De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), no mês de março o saldo de crédito ampliado ao setor não financeiro cresceu 0,5%.
Elevação de empréstimos
O Banco Central do Brasil (BCB) atrela este crescimento aos saldos da dívida pública e ao crescimento dos empréstimos do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Por outro lado, o crescimento foi contrabalanceado pela redução de empréstimos da dívida externa, o que ocasionou impactos na apreciação cambial.
Dessa maneira, a elevação da carteira de empréstimos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) chegou a 12,2%, ao passo que a elevação dos títulos de dívidas chegou a 11,1%.
Expansão do crédito em 2023
O crédito ampliado a empresas cresceu, chegando a R$5,3 trilhões. De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), os títulos relacionados às dívidas do setor privado cresceram 2,9%.
No comparativo com os dados oficiais do mês de março de 2022, a expansão do crédito chegou a 15,7%, refletindo o aumento dos títulos de dívidas. Na análise do crédito voltado às famílias, no mês de março a variação não foi ampla, contudo, no acumulado do ano essa avaliação foi de 16,2%.
Operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN)
Houve uma expansão do crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) no mês de março de 2023, representando 0,7% dos dados oficiais. Esse crescimento, segundo o Banco Central do Brasil (BCB), é oriundo de incrementos mensais, principalmente no crédito destinado para as empresas.
No entanto, as ações também impactaram positivamente o saldo de crédito destinado às famílias. Sendo assim, houve crescimento de crédito no comparativo com o mês de março de 2022. Entretanto, houve uma queda na expansão, comparando o mês de março com o mês de fevereiro de 2023.
Operações com recursos livres
Os adiantamentos de contratos de câmbio e os incrementos das carteiras de cartão de crédito podem ser influências diretas na expansão da carteira de descontos de duplicatas.
Sendo assim, estes fatores elevaram as operações de crédito com recursos livres para a pessoa jurídica. Somente no mês de março, esta modalidade de saldo de operações chegou a R$5,3 trilhões. Segundo destaca o Banco Central do Brasil (BCB), as novas concessões de crédito tiveram um custo médio de 31,6% ao ano, o que representa o aumento de 0,4 pontos percentuais.
A inadimplência elevada ainda requer cautela do mercado
Além disso, as estatísticas oficiais do Banco Central do Brasil (BCB) ressaltam que houve uma estabilidade na inadimplência, visto que este índice permaneceu em 3,3%. O endividamento das famílias também teve uma pequena queda.
Contração na liquidez das linhas de financiamentos
Além disso, as estatísticas oficiais destacam que, de forma geral, houve uma contração nas operações de crédito voltadas para a pessoa jurídica, o que implica diversas linhas disponíveis no mercado financeiro. Em suma, a economia do país não está em crescimento, contudo, não está em decréscimo, como já esteve.
Sendo assim, trata-se de um momento de cautela nas operações de concessão de crédito, considerando o elevado índice de endividamento, embora, seja positivo o fato de que não há um crescimento ininterrupto dos juros e do volume de endividados.