Vacinação e os riscos para a economia
Nos últimos meses o mundo foi surpreendido por mais uma das variantes da SARS-Cov-2, o vírus que causa a Covid-19. No campo da economia os prognósticos dos economistas é que a rápida disseminação da doença pode levar a um significativo aumento da inflação no mundo. O Brasil, é claro, também seria afetado.
O temor é que se repita o mesmo que aconteceu no começo da pandemia quando as cadeias de produção das indústrias e do setor de serviços foram interrompidas na época, causando um decréscimo dos serviços devido aos lockdowns ou redução das atividades. O setor de serviços, sendo o principal comprometido.
A Importância da Vacinação
Contudo, com as campanhas de vacinação e grande parte da população mundial vacinada, o risco de letalidade diminuiu drasticamente em relação a outros períodos desde o aparecimento do vírus.
Dessa feita, uma piora significativa está excluída como fato, mas é possível que isso aconteça, o que agravaria a situação brasileira que, segundo relatório recente da ONU, em 2022 terá a terceira pior economia do mundo.
Esses prognósticos estão baseados nas análises de economia global, contudo as questões e incertezas políticas, bem como o conhecimento de situações de política externa e interna tenham prejudicado a economia nacional.
A Situação Atual em Números
Por exemplo, em 2021 nos EUA os preços ao consumidor chegaram a subir 7%, um número bem alto quando se sabe que este foi o maior avanço em um período de 39 anos.
Já no Brasil esse número chegou a 10,06% segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA). Desde 2015 esta é a maior alta que se teve. O governo previa um teto de 5,25%. Se tudo continuar como está a revisão do governo para o IPCA é de 5,5%, mas se a situação sanitária piorar os números devem subir.
A situação do Brasil, sem levar em consideração a variante Ômicron, não é das melhores. De acordo com um relatório do Banco Mundial a previsão de crescimento do PIB é apenas de 0,5%. Um número que só está a frente de Mianmar e Guiné Equatorial levando em consideração os 170 países que são analisados no relatório.
Assim, a projeção é que a inflação persista acompanhada de juros em alta.
O IPCA deverá ficar na casa dos 5,03% de acordo com o relatório do Focus, um número acima do teto governamental que seria de 5%. A Selic, taxa básica de juros, subindo 11,75% ao ano, bem acima dos 9,25% atuais.
Todo este cenário pode ficar ainda pior dependendo das circunstâncias, e uma possível escalada da variante ômicron pode piorar ainda mais a situação.