Entenda a Revolução Sandinista

A Revolução Sandinista foi um movimento iniciado em 1978 e estendido até 1990. Tinha como objetivo uma reforma radical das instituições da Nicarágua. 

O movimento era subsidiado pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), criada em 1962. O nome do movimento é uma homenagem ao líder Augusto César Sandino (1895 – 1934). 

A saber, Sandino liderou a resistência contra a ocupação dos Estados Unidos na Nicarágua, que durou entre 1912 e 1933. 

Com a saída dos norte americanos do país, um novo presidente é eleito,no entanto, logo acaba derrubado pela dinastia ditatorial Somoza, que logo em seguida assassinou Augusto César Sandino. 

Nesse contexto nasce o movimento sandinista que mesmo não tendo uma grande ligação com o Partido Comunista da Nicarágua, possuía objetivos muitos parecidos. 

A Revolução Sandinista poderá aparecer em questões de vestibulares e no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Por isso acompanhe o artigo e saiba mais sobre o assunto! 

Contexto histórico da Revolução Sandinista

Ao longo de quase quatro décadas e de três Somozas no poder do país, assim como os presidentes apoiados pela família, no ano de 1978, com o fim do apoio dos EUA ao regime ditatorial, os sandinistas assumem o poder, depois de quase 20 anos de luta. 

Começa então a Revolução Sandinista, junto com a Junta de Governo de Reconstrução Nacional, composta por cinco membros, três militantes sandinistas e dois políticos independentes. 

Embora houvesse um equilíbrio entre as várias forças oposicionistas na Junta, rapidamente o movimento sandinista ganha força.  

Desse modo, em 1985 a Junta acaba dissolvida e o Daniel Ortega um dois três militantes sandinistas se torna presidente da Nicarágua. 

Ademais, os problemas deixados pela antiga ditadura pressionavam os sandinistas por ações e transformações imediatas. 

Os números da guerra civil para derrubar o governo de Somoza são assustadores e deixaram cerca de 50 mil vítimas, centenas de milhares de desabrigados por conta dos bombardeios, muitas áreas estavam destruídas. 

Dessa maneira, a economia encontrava-se destroçada e a dívida externa da Nicarágua disparava a níveis assustadores. 

Para estancar o problema o governo teve que atuar fortemente na recuperação econômica nos anos 80, buscando um equilíbrio entre ideais comunistas e capitalistas. 

Desse modo, o comércio exterior e o controle dos bancos passaram a ser controlados pelo governo. 

A Revolução acabou transformando o país em um dos palcos da Guerra Fria. Afinal, a Nicarágua recebia auxílio tanto dos americanos como de Cuba e da URSS. 

O começo do fim

Com a chegada de Ronald Reagan à presidência dos Estados Unidos, inicia-se o suporte ao movimento contra os sandinistas conhecido como os “contras” da Nicarágua. Eles contavam com ajuda, financiamento e armamentos dos EUA. 

No ano de 1983 a luta entre os sandinistas e contras aumenta, sendo declarado estado de sítio e diversas liberdades civis suspensas.

A situação apenas melhora com a chegada de Bush à presidência dos EUA, tendo em vista que o governante estava disposto ao diálogo, no lugar de uma derrubada de governo.  

Por fim, no ano de 1990, são realizadas eleições para presidente com a vitória de Violeta Chamorro, da UNO (União Nacional Opositora). Violeta, era uma dos membros independentes da Junta Nacional, colocando um ponto final no período conturbado da história da Nicarágua. 

E então, gostou de saber um pouco mais sobre a Revolução Sandinista?

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