Enem: Ministro diz que pedirá acesso à prova para garantir questões mais técnicas e menos “ideológicas”

Em entrevista ao canal CNN Brasil, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, revelou que deverá pedir acesso à prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2021.

De acordo com o ministro, isso servirá para garantir que a avaliação apresente questões de natureza mais técnica e menos “ideológicas”.

“O Enem tem uma questão de sigilo que, para você ter ideia, nem mesmo o ministro da Educação tem acesso. Este ano, talvez, eu ainda tenha que conversar com o meu presidente e o grupo que me assessora, para que eu possa fazer parte e ter conhecimento e, naturalmente, manter a questão do sigilo. Mas em relação ao Enem anterior, eu não tive nenhum acesso a qualquer tipo de pergunta ou questão”, ressaltou Ribeiro durante a entrevista.

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Pedido não teve intervenção do presidente, diz ministro

Quando perguntado se essa solicitação de acesso ao Enem partiu de uma orientação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Milton Ribeiro garantiu que não. De acordo com o ministro, tanto o incômodo em relação ao conteúdo da prova, quanto o pedido para intervir em questões ‘ideológicas’ partiu exclusivamente dele.

“É [uma solicitação] diretamente minha. Creio que estou expressando a vontade da grande maioria da sociedade brasileira. Eu acredito que está na hora de a gente dar uma reviravolta — até mesmo uso esta palavra –, nestas questões do Enem. Os alunos estudam e são surpreendidos com questões que, em termos de avaliação, nada têm a ver com o conhecimento necessário para ele ter acesso ao ensino superior, sobretudo ao ensino superior público”, defende.

Segundo Ribeiro, temas considerados “subjetivos” não devem compor a parte de múltipla-escola do Enem 2021. Estas devem ser compostas por assuntos técnicos. Nesse sentido, esse tipo de conteúdo se restringirá à redação.

“A redação, a gente pode deixar um pouco mais aberta para a expressão da opinião dos alunos a respeito de determinados temas, mas não as perguntas objetivas”, justifica o ministro.

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