O Empréstimo Consignado do Auxílio Brasil ainda passa por ajustes do Ministério da Cidadania. O crédito, que será liberado aos beneficiários do programa social, foi aprovado no mês passado pelo presidente da república, Jair Bolsonaro.
De acordo com informações dos bastidores do governo, a previsão para a finalização dos trâmites e liberação do empréstimo consignado do Auxílio Brasil é até a última semana deste mês.
Quem vai poder contratar o empréstimo do Auxílio Brasil?
O empréstimo consignado poderá ser contratado pelas famílias beneficiárias do Auxílio Brasil. O pagamento do empréstimo será descontado automaticamente do benefício de quem o contratou. Lembrando que, cada beneficiário poderá comprometer até 40% do seu auxílio.
Ao solicitar o empréstimo, o beneficiário passará por uma análise de crédito pelo banco que estiver operando a modalidade, para saber se o cidadão pode ter acesso aos valores.
Empréstimo consignado do Auxílio Brasil está passando pelos últimos ajustes
Embora exista uma previsão, alguns fatores impossibilitam que a modalidade seja liberada antes do final deste mês. Atualmente, discussões como as possíveis taxas de juros do empréstimo, ainda precisam ser ajustadas. De acordo com as informações dos bastidores, as taxas podem ser até 3 vezes mais alta que as demais propostas de crédito.
Outros detalhes muito importantes também parecem estarem longe de serem resolvidos. Na última segunda-feira (08), o presidente Jair Bolsonaro defendeu o crédito aos beneficiários do programa na Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
A defesa do presidente se trata da liberação do crédito por meio das instituições financeiras nacionais, tendo em vista que a maior parte dos bancos negaram a operação do empréstimo consignado.
Segundo a justificativa das instituições, a operação do microcrédito aos beneficiários do Auxílio Brasil é inviável, pelo grande risco do estimulo ao endividamento dessas pessoas, por se encontrarem em situação de vulnerabilidade.
Até o momento, os bancos Bradesco, Itaú e Santander já decidiram que não participarão da ação. De acordo com o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior “como é de taxa de juros muito alta, como é uma operação em que as pessoas terão o auxílio por período definido, nós entendemos que é melhor não operar na carteira, pois estamos falando de vulneráveis”, afirmou.
Decisões com relação as possíveis taxas de juros do empréstimo, ainda precisam ser ajustadas. Informações dos bastidores apontam que as taxas podem ser até 3 vezes mais alta que as demais propostas de crédito.
Até o momento, é sabido que o benefício voltará para seu valor original (R$ 400) em 2023, o que pode ser inviável para aqueles que contratarem o crédito, tendo em vista que não terão condições de garantir o básico para o dia a dia.