Emprego: Indicador tem quarta queda seguida, aponta FGV

Emprego: Indicador tem quarta queda seguida, aponta FGV

O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil piorou pelo quarto mês consecutivo, caindo 1,4 ponto em fevereiro, para 75,1 pontos. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), esse é o menor nível desde agosto de 2020 (74,8 pontos).

Com relação ao Indicador de Antecedente de Emprego, o economista do FGV IBRE afirmou que: “Os últimos resultados sugerem que a recuperação do mercado de trabalho deve ser mais lenta do que a ocorrida em 2021, para o mercado de trabalho. O ambiente macroeconômico difícil e potenciais riscos de aumento da incerteza global, não permitem vislumbrar uma mudança na trajetória do indicador no curto prazo”.

Emprego na Construção Civíl

Em meio ao período de pandemia e a queda de empregos, o ramo da construção civil, tem sido um dos melhores recrutadores de mão de obra em meio à crise. Em 2021, o setor registrou o maior crescimento da década, chegando a 7,6%, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), no estudo chamado “Construção Civil: desempenho 2021 e cenário para 2022”.

Diante desse cenário positivo, muita gente que havia perdido o emprego em outros setores, como de comércio ou serviços, passou a procurar um novo trabalho justamente nos canteiros de obras. Isso inclui trabalhadores de várias atuações diferentes, como carpinteiros, pedreiros, auxiliares de pedreiros, eletricistas, engenheiros, arquitetos, enfim, todo o ciclo produtivo da construção civil.

Uma construtora de Sorocaba (SP) contratou mão de obra para seus projetos, aumentando em 300% o número de colaboradores durante o ano de 2021. O número de pessoas contratadas significa geração de renda para a população que precisa sobreviver em meio à pandemia.

Buscas por um imóvel mais confortável

Para o gerente de marketing da construtora, Neto Tristão, a busca das pessoas por um imóvel mais confortável fez com que a procura por trabalhadores aumentasse, o que gerou mais empregos no setor. De acordo com ele, esse é um movimento natural. “Enquanto uns procuram um lar que atenda às necessidades, outros procuram emprego, que está justamente na construção civil”, diz.

De um lado podemos observar que a contratação de mais profissionais para a construção civil garante a renda de milhares de famílias, por outro lado o crescimento do setor está ligado ao fato das pessoas estarem valorizando mais o “ficar em casa e curtir a família”.

Indicador Antecedente de Emprego

Entre os fatores que compõem o índice, o principal destaque negativo foi o indicador de Situação Atual dos Negócios da Indústria, que reduziu 1,0 ponto a variação do IAEmp no mês. Além disso, os indicadores que medem a Tendência dos Negócios nos próximos seis meses e as intenções de contratação nos próximos três meses (Emprego Previsto), ambos no setor de Serviços, contribuíram -0,3 e -0,3 ponto, respectivamente para a variação do indicador.

Um ponto de grande relevância é que a taxa de desemprego no Brasil recuou para 11,1% no trimestre encerrado em dezembro, mas a falta de emprego ainda atinge 12 milhões de brasileiros, segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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