Um manifesto assinado por sete ex-ministros da Educação alertam sobre os riscos que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) corre.
De acordo com os autores, a autarquia sofre um enfraquecimento pouco a pouco, colocando “em risco políticas públicas cruciais para gestores educacionais, professores, alunos, familiares, além de governantes de todos os níveis.”
Com o seguinte título: “Em defesa do Inep, o órgão que avalia a educação no Brasil”, o manifesto tem a assinatura de Tarso Genro (governo Lula), Fernando Haddad (governos Lula e Dilma), Cid Gomes (governo Dilma), José Henrique Paim (governo Dilma), Aloizio Mercadante (governo Dilma), Mendonça Filho (governo Temer) e Rossieli Soares (governo Temer).
O que diz o manifesto
Entre os alertas emitidos pelos ex-ministros na carta, está a falta de atenção ao que o corpo técnico do Inep expõe para o governo federal. Além do fato de que a atual gestão tem mantido a autarquia de lado de decisões importantes, que inclusive fazem parte de seu escopo.
A reformulação do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e a não realização do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) também entraram em discussão neste documento.
“Nós, que tivemos a honra de comandar esse ministério em algum momento da história recente do país, sentimos compelidos a fazer um apelo ao governo e à sociedade: respeitem, valorizem e reconheçam o papel de Estado desta instituição”, requisitam os ex-ministros.
Os autores do manifesto ainda lembra que cinco pessoas diferentes já passaram pelo comando do Inep desde que o governo de Jair Bolsonaro se iniciou. Além disso, focam na falta de qualificação técnica dos representantes escolhidos para chefiar o órgão.
“Por ser tão técnico, seu trabalho talvez não seja suficientemente conhecido pela população, mas asseguramos que é um pilar de sustentação da maior parte das ações do MEC. Sem um Inep capaz de cumprir suas funções, não haverá gestão responsável na educação do Brasil”, diz o texto.
O Inep é subordinado ao Ministério da Educação e é responsável principalmente pela aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O órgão também realiza outros exames e censos, como o Ideb e o Saeb, citados anteriormente, por exemplo.
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