Veja como alguns países estão lidando com os desafios na reabertura das escolas

Alguns lugares reabriram suas escolas priorizando as crianças menores, por sua menor taxa de adoecimento e para liberar os pais para voltarem ao trabalho

Em Singapura, alunos limpam as próprias carteiras escolares e fazem um caminho pré-determinado até suas salas de aula. É assim que alguns países estão lidando com o retorno das aulas presenciais há algumas semanas, mesmo ainda com o risco de novos focos de Covid-19.

A BBC News Brasil coletou algumas experiências de países que retomaram as atividades escolares. Alguns lugares reabriram suas escolas priorizando as crianças menores, por sua menor taxa de adoecimento e para liberar os pais para voltarem ao trabalho. Essa é uma das etapas mais difíceis de implementar o ensino remoto, já que crianças precisam também de interações e brincadeiras para o sucesso da aprendizagem.

Porém, é também uma faixa etária difícil de manter regras de distância, por exemplo. No Reino Unido, que reabriu parte de suas escolas em 1º de junho, crianças da pré-escola e anos iniciais não puderam mais fazer as aulas sentadas lado a lado no carpete, como de costume, mas sim enfileiradas em carteiras.

As turmas foram divididas em dois grupos: um frequenta as aulas de segunda e terça; o outro, de quinta e sexta-feira. Na quarta-feira, a sala de aula é limpa minuciosamente. Todas as classes foram equipadas com álcool gel e lenços umedecidos.

Na Dinamarca, onde as escolas estão reabertas desde 15 de abril, as crianças têm de lavar as mãos de cinco a seis vezes por dia. Classes de 20 foram divididas em dois, e as crianças são o dia inteiro lembradas por educadores a ficarem distantes entre si. No recreio, podem brincar em grupos de no máximo quatro, e cada grupo fica em um canto do pátio.

Uma menina de 7 anos entrevistada pela BBC admitiu que o mais difícil de tudo era não poder mais abraçar os amigos.

Em Singapura, as escolas compraram um estoque extra de máscaras e pediram para que cada crianças decorasse a sua, com o objetivo delas se tornarem um novo acessório para este “novo normal”. As escolas passaram a medir a temperatura dos alunos diariamente, e agora cada um traz suas refeições de casa. As crianças só interagem em pequenos grupos no recreio e só podem andar nos corredores das escolas em fila única. Cada grupo tem uma rota pré-determinada à sala de aula e só pode usar um banheiro específico, para diminuir as chances de contágio.

Os primeiros a regressar à escola foram os dos anos finais do ensino médio, que se preparam para exames de ingresso nas universidades. E lá também ainda estão sendo mescladas atividades presenciais com as virtuais. Alunos mais velhos são responsáveis por higienizar as próprias carteiras escolares.

Aulas de educação física são feitas em ginásios grandes, com alunos fazendo atividades físicas individuais orientadas por um professor em um microfone.

Em todos os países, a preocupação maior, é claro, é com as normas de higiene para reduzir a chance de contágio. As informações são da BBC News Brasil.

 

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