Pesquisa revela de 83% dos professores não se consideram qualificados para ensinar online

Segundo pesquisa Sentimento e percepção dos professores brasileiros nos diferentes estágios do coronavírus no Brasil, realizada pelo Instituto Península, cerca de 83% dos professores não se consideram qualificados para ensinar remotamente.

Desde a suspensão das aulas presenciais e fechamento de escolas, faculdades e demais instituições em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus,  muitos professores passaram a dar aulas remotamente.

Nesse sentido, os professores são, neste momento, o único vínculo dos alunos com a a escola.

Contudo, a pesquisa do Instituto Península revela números alarmantes quanto à situação dos professores durante a pandemia. Além de 83% dos educadores afirmarem que não estão preparados para dar aula online, 90% nunca teve experiência com o ensino a distância.

Desse modo, muitos deles se sentem ansiosos e contrariados com a profissão. Além de não possuírem formação adequada para atuar remotamente, em muitos casos, os profissionais não possuem também meios para realizar as atividades remotamente.

Assim, muitos não possuem internet ou computadores bons suficientemente para realizar as aulas de maneira adequada e com qualidade.

Nesse sentido, a diretora do Instituto afirmou que:

“Enquanto uma série de profissionais no meio de uma pandemia está fazendo seu trabalho de casa e já é difícil, o professor ainda está tendo de se reinventar completamente.”

Mesmo os professores da rede particular não receberam suporte das escolas neste momento, de modo que estão utilizando seus computadores e telefones pessoais. Além, é claro, do gasto com internet e energia.

Muitos professores usam seus celulares para gravar vídeos e disponibilizam aulas e material pelo WhatsApp. Pesquisa revela a que o uso do WhatsApp é menor entre professores da rede particular de ensino.

Falta de suporte emocional

Pesquisa revela ainda que parte considerável dos profissionais ouvidos (quase 8 mil),  estão ansiosos, e a maioria afirma não receber nenhum tipo de suporte psicológico por parte das escolas, cerca de 75%.

Até os profissionais que recebem algum tipo de orientação em reuniões pedagógicas por vídeo-conferência afirmam não haver psicólogos nas equipes.

A pesquisa ainda está em andamento, pois objetiva cobrir todo o período em que as aulas ficarem suspensas em decorrência da pandemia.

Fonte: Exame.

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