EUA: estrangeiros matriculados em escolas com aulas 100% on-line devem deixar o país

Na segunda-feira (6), o departamento de Imigração e Alfândega dos EUA determinou a saída desses estrangeiros do país ou que eles mudem para escolas ou universidades com ensino presencial

O governo dos Estados Unidos anunciou uma medida que pode pegar muitos estrangeiros com visto de estudante e que estudam em instituições com aulas 100% on-line de surpresa. Na segunda-feira (6), o departamento de Imigração e Alfândega dos EUA determinou a saída desses estrangeiros do país ou que eles mudem para escolas ou universidades com ensino presencial.

A medida vale para estudantes com os vistos F-1 e M-1 a partir da retomada do ano letivo, geralmente em setembro. Caso esses estrangeiros não se adequem à determinação, as autoridades imigratórias dos EUA podem aplicar sanções que incluem a remoção ao país de origem.

“Caso estudantes se vejam nessa situação, eles devem deixar o país ou tomar medidas alternativas para manter o status de não imigrante, como uma carga horária reduzida ou apresentar atestado médico apropriado”, diz o comunicado do departamento de Imigração e Alfândega dos EUA.

No caso de escolas com aulas presenciais e à distância, o governo dos EUA permitirá que apenas alunos com visto F — visto para cursos acadêmicos — poderão cursar uma ou mais disciplinas on-line, desde que não seja o curso inteiro.

Essa flexibilidade não vale para estrangeiros com o visto M (para educação profissionalizante) ou que estejam no país para estudar inglês. Nesses casos, os estudantes deverão fazer todas as aulas presencialmente.

Por causa da pandemia, os EUA vêm restringido a emissão de vistos e a permissão de entrada de estrangeiros provenientes de determinados países. No fim de maio, o Brasil entrou na lista.

Reabertura de escolas e universidades

A decisão foi tomada em um momento nos EUA em que as instituições de ensino discutem se retomarão as aulas presenciais, interrompidas por causa da pandemia do novo coronavírus. Algumas universidades admitiram que não reabrirão até 2021 — ou seja, depois do prazo determinado pelo governo.

A Universidade Harvard, por exemplo, anunciou que calouros serão convidados a morar no campus neste retorno às aulas. Porém, as aulas nessa instituição, uma das mais importantes universidades norte-americanas, continuarão à distância.

Nesta segunda-feira, o presidente Donald Trump — que já chegou a criticar governadores que se apressaram na reabertura das atividades durante a pandemia — pediu o retorno das aulas ainda nos próximos meses. “As escolas devem abrir no outono!”, tuitou Trump.

Os números do novo coronavírus, no entanto, continuam crescer nos EUA: o país registra quase 3 milhões de casos, no acumulado desde o início da pandemia, e mais de 130 mil morreram por causa da Covid-19. Estados como Flórida e Texas tiveram de voltar atrás nas medidas de reabertura após novos surtos da doença. *Informações do G1.

 

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