A Fundação Nacional do Índio recebe até esta terça-feira, 09 de novembro, as inscrições do novo edital para o preenchimento de 776 vagas temporárias. O documento confirma as oportunidades distribuídas entre os estados do Acre, Amazonas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima.
A confirmação do concurso veio no dia 21 de setembro, por meio de portaria autorizativa publicada no Diário Oficial da União. O aval do certame foi dado pelos Ministérios da Economia e da Justiça e Segurança Pública. As oportunidades estão distribuídas entre três carreiras, com salários de até R$4,4 mil.
Para o cargo de Agente de Proteção Etonoambiental serão oferecidas 605 vagas. Para concorrer: sem exigência de escolaridade; ser preferencialmente indígena ou morador da região devido às lotações encontrarem-se, principalmente, em áreas de difícil acesso; ter conhecimento tradicional em atividades nas Terras Indígenas e/ou junto às comunidades tradicionais nas regiões relacionadas à vaga pretendida; possuir habilidades em trabalhos de campo que envolvam o manuseio de ferramentas, equipamentos agrícolas e florestais; ter entre 18 e 59 anos completos, na data da inscrição. O salário será de R$1.100, além do auxílio-alimentação, auxílio pré-escolar (quando couber), auxílio-transporte (quando couber). A jornada de trabalho será de 40 horas semanais em horários, turnos e escalas definidas pela Coordenação das Frentes de Proteção Etnoambiental e/ou Coordenações Regionais.
O concurso também conta com vagas para Chefe dos Agentes de Proteção Etonoambiental. São 121 vagas no total. Para concorrer, o candidato precisa ter nível médio completo; ser preferencialmente indígena ou morador da região devido às lotações encontrarem-se, principalmente, em áreas de difícil acesso; ter conhecimento tradicional em atividades nas Terras Indígenas e/ou junto às comunidades tradicionais nas regiões relacionadas à vaga pretendida; possuir habilidades em trabalhos de campo que envolvam o manuseio de ferramentas, equipamentos agrícolas e florestais; ter entre 18 e 59 anos completos, na data da inscrição. O salário será de R$1.650, além de auxílio-alimentação, auxílio pré-escolar (quando couber), auxílio-transporte (quando couber). A jornada de trabalho é de 40 horas semanais em horários, turnos e escalas de revezamento definidas pela Funai.
Por fim, são ofertadas 50 vagas para Supervisor dos Agentes de Proteção Etonoambiental, cargo com requisito de nível superior em qualquer área; experiência e/ou vivência profissional na Amazônia Legal; experiência profissional em indigenismo e/ou comunidades tradicionais; idade entre 18 e 59 anos completos na data de inscrição. O salário será de R$4.400, além de auxílio-alimentação, auxílio pré-escolar (quando couber), auxílio-transporte (quando couber). A jornada de trabalho será de 40 horas semanais em horários, turnos e escalas definidas pelas Coordenações de Frentes de Proteção Etnoambiental e/ou Coordenações Regionais.
A oferta está dividida pelos seguintes estados:
Estado | Cargos/Vagas |
Acre: 91 vagas | Supervisor dos agentes de proteção etnoambiental: 7 vagas |
Chefe dos agentes de proteção etnoambiental: 14 vagas | |
Agente de proteção etnoambiental: 70 vagas | |
Amazonas: 236 vagas | Supervisor dos agentes de proteção etnoambiental: 14 vagas |
Chefe dos agentes de proteção etnoambiental: 37 vagas | |
Agentes de proteção etonoambiental: 185 vagas | |
Goiás: 13 vagas | Supervisor dos agentes de proteção etinoambiental: 1 vaga |
Chefe dos agentes de proteção etonoambiental: 2 vagas | |
Agentes de proteção etonoambiental: 10 vagas | |
Maranhão: 102 vagas | Supervisor dos agentes de proteção etnoambiental: 6 vagas |
Chefe dos agentes de proteção etnoambiental: 16 vagas | |
Agente de proteção etnoambiental: 80 vagas | |
Mato Grosso: 52 vagas | Supervisor dos agentes de proteção etnoambiental: 4 vagas |
Chefe dos agentes de proteção etnoambiental: 8 vagas | |
Agente de proteção etnoambiental: 40 vagas | |
Pará: 52 vagas | Supervisor dos agentes de proteção etnoambiental: 4 vagas |
Chefe dos agentes de proteção etnoambiental: 8 vagas | |
Agente de proteção etnoambiental: 40 vagas | |
Rondônia: 78 vagas | Supervisor dos agentes de proteção etnoambiental: 6 vagas |
Chefe dos agentes de proteção etnoambiental: 12 vagas | |
Agente de proteção etnoambiental: 60 vagas | |
Roraima: 152 vagas | Supervisor dos agentes de proteção etnoambiental: 8 vagas |
Chefe dos agentes de proteção etnoambiental: 24 vagas | |
Agente de proteção etnoambiental: 120 vagas |
Os aprovados serão contratados por seis meses, com possibilidade de prorrogação, desde que o prazo não exceda o total de dois anos.
Inscrição e Etapas FUNAI Temporários
Os interessados em concorrer a uma das vagas poderão se inscrever no período compreendido entre 03 e 09 de novembro, de forma presencial e gratuita, das 8h30 às 12 e das 13h às 17h30 nos locais especificados no edital.
O certame conta com as seguintes etapas:
I – Análise curricular, de caráter eliminatório e classificatório, para a função de Supervisor dos Agentes de Proteção Etnoambiental;
lI – Análise das habilidades e conhecimentos tradicionais relacionados às funções de Chefe dos Agentes de Proteção Etnoambiental e de Agentes de Proteção Etnoambiental;
IlI – Entrevista, de caráter eliminatório e classificatório, para a função de Supervisor dos Agentes de Proteção Etnoambiental.
Os classificados ainda serão submetidos a um Curso de Ambientação com duração de cinco dias, carga horária de 40 horas, em parceria com a Coordenação de Desenvolvimento de Pessoal (CODEP/CGGP/DAGES).
A seleção terá validade de seis meses, com chance de prorrogação por até dois anos.
Concurso FUNAI para efetivos
A Fundação Nacional do Índio tem expectativa de abrir um novo edital de concurso público (Concurso FUNAI) no primeiro semestre de 2022. O órgão confirmou o objetivo de preencher um total de 1.043 vagas em cargos de ensino médio, técnico e superior.
Entretanto, é importante destacar que o pedido de abertura do concurso FUNAI 2021/2022 ainda precisará ser analisada e aprovada pelo Ministério da Economia, pasta responsável pelo certame. Ademais, a autarquia confirmou que o edital do concurso será regionalizado, com oferta de vagas em regiões específicas.
“Uma vez submetido ao Ministério da Economia, caso seja autorizado, esta nova solicitação para realização de concurso público tem previsão para ser realizado no primeiro semestre de 2022, em todo o país, com a oferta de vagas em formato regionalizado,” disse a Funai ao site Folha Dirigida.
A FUNAI confirmou que solicitou vagas de nível superior nos cargos de: Administrador; Antropólogo; Arquiteto; Arquivista; Assistente social; Bibliotecário; Contador; Economista; Enfermeiro; Engenheiro; Engenheiro Agrônomo; Engenheiro Florestal; Estatístico; Geógrafo; Indigenista Especializado; Médico; Médico Veterinário; Odontólogo; Pesquisador; Psicólogo; Sociólogo; Técnico em Assuntos Educacionais; Técnico em Comunicação Social; e Zootecnista. O salário será de R$6.420,87.
No caso de nível médio, as chances serão ofertadas para técnico em Contabilidade, que deve exigir diploma de curso técnico na função, e agente em indigenismo, cargo de nível médio. O salário será de R$5.349,07.
Em nota, a FUNAI também revelou que foi enviado um pedido de autorização para, pelo menos, recompor vacâncias nos termos da Lei Complementar nº 173/2020 , que estabeleceu o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus. Esse pedido seria para preencher 227 vagas (69 de nível médio e 158 de nível superior).
Agora, o Ministério da Economia avaliará o novo pedido de concurso Funai, seja para preencher todas as vagas ou apenas uma parte das vagas.
“Caso não seja possível a autorização da integralidade das vagas requeridas, a fundação solicitou a autorização para realização de concurso público a fim de recompor vacâncias nos termos do art. 8º, inciso V da Lei Complementar nº 173/2020, com 69 (sessenta e nove) vagas de nível intermediário e 158 (cento e cinquenta e oito) de nível superior.”
A autorização de um novo certame do órgão já consta na lista de ações prioritárias da Fundação, conforme informou o coordenador-geral de Gestão de Pessoas, Paulo Henrique de Andrade Pinto, em entrevista publicada no dia 22 de fevereiro.
Segundo ele, para 2021, a maior prioridade da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (CGGP) será resgatar o orgulho dos servidores em pertencerem aos quadros da Funai. E para isso vai realizar esforços em diversas ações como, por exemplo, atuar com foco na aprovação da autorização de concurso público para sanar o déficit de efetivo da Funai. Além disso:
- reequilibrar a força de trabalho em todas as unidades da fundação;
- materializar a carteira funcional e os uniformes para os servidores;
- continuar com as visitas técnicas às Coordenações Regionais da Funai;
- ter todos os cargos e funções ocupados por titulares e substitutos;
- atuar com foco na recuperação de recursos públicos por meio de reposição ao erário, bem como pela cobrança de órgãos devedores da Funai (cessões).
O pedido de realização do EDITAL FUNAI já foi encaminhado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), órgão ao qual é vinculada. Caso o certame seja autorizado, o concurso poderá sair até o primeiro semestre de 2022.