Economia: restituição do voto de qualidade no Carf tem apoio da OCDE
Voto de qualidade no Carf é apoiado pela OCDE
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apoiou a retomada do voto de qualidade do governo brasileiro no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), segundo informações da Agência Brasil.
Economia: restituição do voto de qualidade no Carf tem apoio da OCDE
O governo anunciou a medida em janeiro de 2023 como parte do pacote de reforço de arrecadação. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) enviou uma carta respondendo de forma positiva e apoiando a decisão.
Em sua, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) se trata de um grupo que reúne economias comprometidas com a modernização de diversos regimes fiscais.
Portanto, trata-se de um apoio relevante, pois poucos países permitem o envolvimento do setor privado no julgamento de recursos financeiros em questões administrativas.
Julgamento administrativo
O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) é um órgão vinculado à Receita Federal que julga, na esfera administrativa, questões relacionadas a cobranças do Fisco.
O envolvimento de representantes do setor privado na jurisdição de diferentes graus nos recursos administrativos é uma ocorrência rara na prática internacional. No entanto, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os representantes do setor privado no Brasil impactam de forma ampla a decisão.
Voto de qualidade
A carta oficial foi divulgada no último dia 26 pelo Governo Federal. A Lei 13.988 oferece vantagens aos contribuintes, em sua maioria, grandes empresas, nos julgamentos terminados em empate no Carf, desde o ano de 2020.
Contudo, no início de 2023, foi editada uma Medida Provisória que restitui o voto de desempate. Entretanto, essa MP tem enfrentado resistência no judiciário e também no Congresso, destaca a recente divulgação oficial.
Através da carta oficial, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) destaca que o voto de qualidade poderia mitigar as consequências negativas do modelo estabelecido em 2020.
Direitos assegurados aos contribuintes
Além disso, o impacto não será negativo nos direitos dos contribuintes, já que eles terão recursos disponíveis quanto à revisão judicial de maneira independente. Sendo assim, é possível ainda contestar as decisões com base na atual legislação vigente.
Dessa forma, o voto de qualidade não irá impactar a reivindicação de impostos, a avaliação tributária e outros fatores relevantes sobre as possíveis penalidades aplicadas.
A Agência Brasil destaca que em fevereiro deste ano, o Ministério da Fazenda e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) realizaram um acordo que objetiva o encerramento de parte do questionamento judicial.
Além disso, a retomada do modelo antigo também é uma recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU). A retomada do voto de qualidade pode render R$ 50 bilhões.
Sobre a OCDE
A denominação Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) se refere a sigla em português, visto que em inglês a estrutura tem o nome de Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD).
De forma sucinta, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) representa uma estratégia formada por diversos países que se dedicam ao desenvolvimento econômico.
Dessa forma, os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) discutem políticas públicas e econômicas, apoiando a democracia e atualizando as regras econômicas de mercado, o que implica legislações tributárias e outras considerações relacionadas.
Clube de Risco
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) também é conhecida de forma global como Clube de Risco, já que seus integrantes objetivam elevar o Produto Interno Bruto (PIB) mundial.
Além disso, o Clube de Riscos também deve trabalhar com indicadores de desenvolvimento humano, sendo uma ferramenta analítica para questões relacionadas ao comércio mundial e aos investimentos, além da renda per capita na evolução econômica de um país.