O Banco Central anunciou nesta segunda-feira (7) o nome da primeira moeda digital da história do Brasil: Drex. O sistema está sendo analisado pela instituição há pelo menos seis meses. Por meio de uma live, representantes do projeto chegaram a divulgar mais alguns detalhes sobre o novo procedimento que deverá ser lançado no próximo ano.
De uma maneira geral, o sistema do Drex vai funcionar de forma semelhante ao Pix. De acordo com o Banco Central, a agilidade nos pagamentos deverá ser basicamente a mesma. De todo modo, existem algumas diferenças fundamentais que poderão indicar o uso da moeda digital do Brasil.
Como dito, o Banco Central ainda não divulgou todos os detalhes sobre o Drex, mas alguns pontos já foram indicados. Abaixo, separamos uma lista com perguntas e respostas sobre o nova moeda brasileira.
O que é o Drex?
O Drex é a moeda digital do Brasil, que vai ser emitida pelo próprio Banco Central (BC). A ideia é que o item funcione como uma extensão da moeda física, com a distribuição ao público sendo intermediada pelos bancos e instituições de pagamentos.
O Banco Central também já confirmou que qualquer cidadão vai poder trocar o real tradicional em notas pelo Drex. Do mesmo modo, a moeda digital poderá ser trocada por dinheiro em espécie. A cotação frente a outras moedas também será a mesma. Quando o real valorizar, o Drex também valoriza, por exemplo.
Por que se chama Drex?
O nome Drex não foi escolhido à toa. Ainda de acordo com informações do Banco Central, a ideia foi contemplar nesta abreviação, os termos real, digital, plataforma eletrônica e transações. Entenda na tabela abaixo:
- O “D” seria para representar o digital;
- O “R” para representar o real;
- O “E” para representar a plataforma eletrônica;
- E o “X” para representar as transações.
Qual é a diferença para o real?
De uma maneira geral, não há nenhuma diferença entre o Drex e o real. Segundo o Banco Central, a nova moeda será apenas uma representação digital do real. A autarquia não está criando, portanto, uma nova moeda, mas um real que estará 100% disponível em uma plataforma digital.
A grande diferença, no entanto, estaria na possibilidade de utilizar este real digital em uma série de recursos.
“Estamos falando de um dinheiro [que está] em cima de uma nova infraestrutura tecnológica. Então a partir do momento em que você tem esse formato tokenizado, dentro de um blockchain, isso permite que você faça algumas operações diferentes do ponto de vista financeiro”, diz Bruno Diniz, cofundador da consultoria de inovação Spiralem.
“Então muito disso ainda vai ser ofertado pelas instituições em termos de produtos financeiros que vão precisar do real digital para serem ativados, por exemplo”, acrescenta o especialista.
Qual é a diferença para o Pix?
Mas então qual é a diferença do Drex para o Pix? Segundo o BC, o Pix é uma tecnologia de transações instantâneas. Já o Drex seria a próprio moeda em si. Há, portanto, alguns pontos de distinção entre os dois formatos de transação.
O Banco Central afirma que o cidadão poderá “transferir reais digitais para outras pessoas, transformá-los em depósito bancário convencional e sacá-los em formato físico, além de pagar contas, boletos e impostos.”
“Ou seja, poderá movimentar seus Reais Digitais da mesma forma que você movimentaria seus recursos hoje depositados nos bancos“, afirmou o BC em nota.
“Drex está chegando para facilitar a vida dos brasileiros. De cara nova e nome próprio, nosso projeto de moeda digital de banco central (em inglês, Central Bank Digital Currency – CBDC), criado e operado pelo Banco Central do Brasil (BC), agora se chama Drex. A solução, anteriormente referida por Real Digital, propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e o acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e empreendedores”, disse.