Dívida pública federal atinge R$ 5,198 trilhões

A dívida pública federal está em R$5,198 trilhões, após aumentos de 2,75% em fevereiro. Os dados são da Secretaria do Tesouro Nacional e foram divulgados nesta quarta-feira (24). No primeiro mês do ano o montante somava R$ 5,059 trilhões.

Em fevereiro deste ano foram registrados R$177,97 bilhões a mais. O segundo maior valor da série histórica na comparação mensal.

De acordo com estimativas do Plano Anual de Financiamento a dívida deve ficar R $ 5,6 trilhões e R $ 5,9 trilhões em 2021.

A dívida pública inclui o endividamento do governo dentro do Brasil e no exterior. Ela é emitida pelo Tesouro Nacional e tem servido para financiar o déficit orçamentário do governo federal.

Já o crescimento da dívida pública no ano passado foi de R$ 761 bilhões, número considerado o maior da série histórica – iniciada em 2004.

O déficit orçamentário acontece quando as despesas do governo ficam acima do valor arrecadado com impostos e tributos.

Veja o valor da dívida pública nos últimos 8 anos:

2020 – 5,059 trilhões
2019 – 4,248 trilhões
2018 – 3,877 trilhões
2017 – 3,559 trilhões
2016 – 3,11 trilhões
2015 – 2,79 trilhões
2014- 2,295 trilhões
2013 – 2,122 trilhões

Análise da dívida pública:

A Secretaria do Tesouro Nacional defendeu que o mês de fevereiro foi marcado  “pela cautela com o cenário doméstico e a evolução da pandemia, apesar do início da vacinação dos grupos prioritários.”

“Internamente, a discussões em torno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) emergencial e do novo auxílio emergencial contribuíram para a percepção de elevação do risco fiscal”, afirmou o Tesouro.

A secretaria ainda destacou que, no cenário internacional, uma das maiores relevâncias foi a  “da alta das Treasuries em função dos riscos relacionados à informação e ao pacote de estímulos nos EUA”. Tendo assim piora na percepção de risco de emergentes.

“No mercado de juros, uma curva de contratos futuros local operou com maior volatilidade comparada ao mês anterior e apresentação elevação principalmente nos vencimentos médios e longos”, afirma.

Segundo Luis Felipe Vital, coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, há custos mais altos para emissão da dívida. “O que a gente viu é que o mês de março foi um mês de mais turbulência. De elevação nas taxas de juros, então, na margem, a gente pode observar custos maiores sim”, explicou em entrevista ao G1.

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