Fim do auxílio emergencial trouxe um impacto inesperado, segundo pesquisas, supõe presidente do BC

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, declarou nesta quinta-feira (11) que supostamente, há indicativos de uma desaceleração no fluxo monetário devido o encerramento do auxílio emergencial, segundo dados de pesquisas recentes. Mas, afirmou que é necessário um prazo maior para analisar e constatar essa situação.

Sobre isso, Campos Neto afirmou, “Eu provavelmente diria que, com os dados que temos de alta frequência das últimas duas, três semanas, que estamos vendo o efeito da retirada do auxílio que provavelmente é um pouco mais alto do que imaginávamos. Mas é muito incipiente, precisamos de mais tempo para analisar isso e não espero, e não quero, que ninguém tire nenhuma conclusão do que estou falando”.

De acordo com o presidente do BC, os dados mostram um declive “considerável” no consumo no ultimo período, mas sem alteração nos preços, que sofre o impacto da alta das commodities, a qual vem sobrepondo a cadeia de alimentos, bem como outros preços.

“Estamos na fase de tentar entender essas duas dinâmicas, então as próximas duas semanas serão muito importantes para quantificar como isso vai evoluir”, declarou.

“Na atividade acho que temos essa incerteza, mas hoje você pode dizer que temos uma desaceleração na margem. Na inflação, o problema principal é tentar avaliar o efeito da transferência, como isso vai impactar e qual o impacto de outros elementos, sendo o mais importante a elevação dos preços de commodities”, disse.

Em relação ao auxílio emergencial, Campos Neto, insistiu que o país não deve criar novos gastos sem as medidas fiscais necessárias, para que neutralizem o aumento das despesas, afim de não causar um efeito reducional.

“Se você pensar em uma nova onda de programa fiscal, se não for acompanhada por uma contrapartida com a qual as pessoas possam realmente ver uma preocupação com a projeção fiscal, você pode ter um efeito oposto ao que você quer”, concluiu.

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