Fim do auxílio emergencial traz primeiros impactos na renda de grandes empresas

Os primeiros impactos do fim do auxílio emergencial já começam a ser sentidos por grandes empresas. A Magazine Luiza, por exemplo, está com perda expressiva na Bolsa de Valores após o Índice de Confiança do Comércio cair. O mesmo ocorreu com a Via Varejo, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

De acordo com a FGV, o Índice de Confiança do Comércio diminuiu no mês de outubro. Essa foi a primeira vez que o índice apresentou queda desde abril, quando o Brasil estava no auge da crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

O índice caiu 3,8 pontos em outubro; ele foi de 99,6 pontos para 95,8 pontos. A recuperação do comércio estava perto de entrar em campo positivo e ultrapassar os 100 pontos, mas voltou a retroceder.

“Depois de cinco altas consecutivas, a confiança do comércio volta a recuar em outubro. O resultado é fruto da combinação de queda tanto dos indicadores sobre o presente, quanto sobre os próximos meses”, disse Rodolpho Tobler, coordenador da sondagem do comércio da FGV-IBRE. “Apesar do resultado negativo na ponta, a percepção sobre o ritmo de vendas no mês segue mais positiva, acima dos 100 pontos. Por outro lado, a significativa queda das expectativas mostra que os empresários estão se tornando cada vez mais cautelosos com a sustentabilidade da recuperação”.

Ainda de acordo com Todler, o fim do auxílio emergencial é o principal fator para a confiança no mercado cair. “A falta de confiança do consumidor e a incerteza sobre o período pós-programas de auxílio do governo, parecem contribuir para esse sinal de alerta”, continuou. O fim do pagamento do auxílio emergencial está marcado para 31 de dezembro de 2020.

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