Auxílio emergencial gastou mais de R$ 42 bilhões em pagamentos indevidos

Relatório criado pelo TCU deve ser votado ainda nesta quarta-feira pelo plenário

O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou nesta quarta-feira (26) que deve ter sido feito cerca de R$ 42,1 bilhões em pagamentos indevidos do auxílio emergencial. Atualmente, o programa está sendo debatido sobre sua possível prorrogação. O relatório criado pelo TCU deve ser votado ainda nesta quarta-feira pelo plenário.

Do total do auxílio emergencial que foi pago indevidamente, R$ 23,7 bilhões foram pagos para 6,4 milhões de brasileiros que não teriam direito ao programa. Os demais R$ 18,4 bilhões foram pagos para mães que foram cadastradas indevidamente como chefes de família. As mães chefes de família têm direito ao dobro da cota e recebem R$ 1,2 mil a cada parcela.

Para chegar ao número, o TCU fez análise com base nos dados da Pnad Contínua 2019. Essa pesquisa mostrada que a quantidade de beneficiários que seriam elegíveis ao auxílio emergencial seria de 60,5 milhões de pessoas. Entretanto, atualmente há 66,9 milhões de beneficiários. Por isso, o TCU estima que 9,6% dos atuais beneficiários na realidade não preenchem os requisitos para receber o auxílio.

Para a conclusão sobre as mães chefes de família, o TCU comparou estimativa de famílias com mães como chefes com os dados oficiais do governo sobre quem está recebendo o auxílio sob essa condição.

Fazendo a projeção de pagamento de cinco parcelas, o TCU concluiu que os pagamentos indevidos são de R$ 23,7 bilhões. Ainda assim, o relatório afirma que a conclusão trata-se de uma estimativa conservadora de possíveis pagamentos indevidos.

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