Muitos brasileiros que esperavam encontrar valores altos esquecidos em bancos ficaram decepcionados. Isso porque valores de até R$ 1 representam 42,8% das liberações para os beneficiários, e de 69,7% do total para quantia de até R$ 10.
Os dados foram divulgados pelo próprio Banco Central (BC) nesta semana. Em síntese, o volume se refere ao total de consultas realizadas na primeira fase do Programa Valores a Receber.
Dos R$ 3,9 bilhões inicialmente previstos pelo BC, foram liberados R$ 3,28 bilhões a 27,3 milhões de pessoas físicas. Os outros R$ 620 milhões restantes são de direito das empresas.
Em alguns casos, uma mesma pessoa pode ser beneficiada mais de uma vez, sendo assim, foram realizadas 32,4 milhões de transações. Desse total, as transações com valores entre R$ 1 e R$ 10 corresponderam a 8,7 milhões de casos.
Com relação aos valores mais altos, cerca de 36 mil liberações foram concernentes a valores entre R$ 10.000,01 e R$ 10.000,01. Apenas 1.318 transferências foram de valores acima de R$ 100 mil, aproximadamente 0,00004% do total.
Agendamento
O Banco Central (BC) liberou nesta semana mais uma rodada de dinheiro em bancos para um novo grupo. Desta vez, os brasileiros nascidos entre 1968 e 1983 vão poder consultar quanto possuem a receber, além de solicitar o resgate de valores via Pix.
Cabe salientar que os cidadãos nascidos nesse período devem se atentar ao horário ao qual o sistema convocou os mesmos para a verificação dos valores e a solicitação do resgate, que pode acontecer das 4h às 14h ou das 14h até meia-noite.
Após o pedido de saque, a instituição financeira terá até 12 dias úteis para fazer a transferência. A expectativa é que pagamentos realizados por meio do PIX ocorram mais rápido do que pelos outros meios.
Lembrando que para agendar o saque, o usuário deverá ter conta nível prata ou ouro no Portal Gov.br.
Para quem nasceu entre 1968 e 1983 e a partir de 1984
Para as pessoas nascidas entre 1968 e 1983 ou empresas fundadas nesse período, o prazo será de 14 a 18 de março, com repescagem em 19 de março. Quem nasceu a partir de 1984 ou abriu empresa nesse ano, a data vai de 21 e 25 de março, com repescagem em 26 de março. As repescagens também ocorrerão aos sábados no mesmo horário, das 4h às 24h.
Quem perder o sábado de repescagem poderá pedir o resgate a partir de 28 de março, independentemente da data de nascimento ou de criação da empresa. O cidadão ou empresa que perderem os prazos poderão receber os recursos depois, pois eles continuarão guardados pelos bancos até o correntista pedir o saque.
Sendo assim, após o pedido de saque, o banco terá até 12 dias úteis para fazer a transferência. A expectativa é que pagamentos realizados por meio do PIX ocorram mais rápido. Nesta primeira fase, estão sendo liberados R$ 3,9 bilhões esquecidos. Em maio, haverá uma nova rodada de consultas, com mais R$ 4,1 bilhões.
Como resgatar o dinheiro esquecido?
Para ter acesso aos valores esquecidos, é preciso seguir o passo a passo abaixo:
1) Verifique se tem valores a receber:
- Acesse o site;
- Informe o CPF e a data de nascimento ou o CNPJ e a data de abertura da empresa;
- Se houver valores a receber, o sistema informará uma data para que retorne ao site e solicite o dinheiro disponível, a partir de 7 de março.
2) Caso tenha dinheiro esquecido nos bancos, verifique seu cadastro Gov.br:
- Para ter acesso aos valores será exigido um cadastro Gov.br nível prata ou ouro;
- O cadastro gratuito é feito no site ou pelo aplicativo Gov.br;
- Informe seu CPF, selecione as opções de “Termo de Uso”, “Não sou robô” e clique em Continuar.
3) Confira o valor que pode sacar e a data para realizar a operação:
- Na data definida, volte ao site;
- Será necessário logar no SVR com sua conta gov.br nível prata ou ouro;
- Acesse o sistema, descubra o valor disponível e solicite a transferência, informando uma chave Pix;
- Caso solicite o resgate sem informar uma chave Pix, deverá entrar em contato com o banco para informar os dados da transferência via TED ou DOC;
- Se a data não for respeitada, será preciso voltar na data da repescagem definida pelo Banco Central.