Diferenças entre depressão e desânimo
As diferenças entre depressão e desânimo, embora sutis para o senso comum, são evidentes quando paramos para analisar as situações mais a fundo. Isso se deve ao fato de a primeira não ter uma única causa, mas sim, ser multifatorial e mais intensa, enquanto o segundo é algo mais momentâneo e com uma causa bem demarcada.
Mas as diferenças não param por aqui. Acompanhe o texto e saiba mais sobre o assunto.
Quais são as diferenças entre depressão e desânimo?
As diferenças entre depressão e desânimo se relacionam com a duração, causa e intensidade dos sintomas. Abaixo exemplificados com mais detalhes:
Duração dos sintomas
Quando estamos desanimados ou tristes, a tendência é que este sentimento dure por algumas horas e, no máximo, alguns dias. Além disso, pode haver momentos no meio do caminho que despertem sentimentos de felicidade e bem-estar.
Já em quadros depressivos, a duração é persistente, podendo ultrapassar meses e até anos. O paciente encontra dificuldades para enxergar momentos prazerosos, por menores que pudessem ser.
Causas do desânimo e depressão
As causas também costumam apontar se estamos diante de um quadro de desânimo ou de depressão. Uma pessoa “triste” tende a ter em mente qual a fonte da sua tristeza: um dia ruim no trabalho, uma briga na família, uma doença diagnosticada. Enquanto a depressão é multifatorial, e a pessoa não consegue apontar um único problema.
Assim, um paciente depressivo tende a ver praticamente todos os âmbitos de sua vida de maneira negativa, mergulhando em sentimentos intensos de tristeza, baixa autoestima e falta de controle.
Quando estamos tristes reconhecemos uma fonte maior da tristeza, e quando a depressão se instaura, fica difícil reconhecer uma única causa.
Intensidade dos sintomas
A intensidade dos sintomas também realçam as diferenças entre desânimo e depressão. Quando estamos desanimados, por mais intenso que o sentimento possa parecer, nós conseguimos seguir com nossas vidas quase que normalmente.
Continuamos trabalhando, cuidando da rotina de casa e até mesmo nos higienizamos adequadamente. Em contrapartida, um quadro de depressão possui sintomas mais intensos que podem levar a pessoa a se sentir completamente incapaz de lidar com a situação.
A falta de vontade de levantar, seguir adiante e encontrar uma saída é intensa. A pessoa deixa de fazer, inclusive, coisas que antes eram vistas como prazerosas. Tudo se torna ruim e a falta de perspectiva esgota qualquer chance de pensar positivo.
Cuidado com o autodiagnóstico – Busque auxílio profissional
Agora que você compreendeu as diferenças entre desânimo e depressão, é chegado o momento de refletir sobre a sua vida pessoal. Entretanto, lembre-se de não seguir o caminho do autodiagnóstico, pois isso pode ser muito perigoso.
Primeiro porque você pode criar em sua mente um problema que pode ser “maior” que o real, levando ao desenvolvimento de um quadro depressivo de fato. Segundo porque se autodiagnosticar pode piorar a situação, ao invés de ajudar, tendo em vista a angústia que isso pode criar.
Portanto, se você tem sentido sintomas de tristeza profunda, falta de desejo pelas atividades que costumava gostar e outros efeitos nestes âmbitos, converse com um profissional e faça psicoterapia.
Lembre-se que o SUS e universidades com curso de psicologia podem oferecer atendimento psicológico gratuito, desde que marcado com antecedência. Toda faculdade que possui curso de Psicologia conta com o Serviço Escola de Psicologia, onde estagiários atendem a comunidade gratuitamente ou por preços sociais.
Informe-se e cuide da sua saúde mental!