A norma-padrão diz respeito a uma língua modelo. Nesse sentido, pode ser definida como o conjunto de práticas linguísticas pertencentes ao lugar ou à classe social de maior prestígio num determinado país. Além disso, a observância das regras gramaticais também é uma marca na norma-padrão. Reservada aos contextos de maior formalidade, o uso norma-padrão é uma das exigências para a escrita em provas de concursos e vestibulares. Desse modo, os estudantes e candidatos devem evitar os desvios da norma-padrão.
Veja abaixo 5 desvios da norma-padrão que você deve evitar tanto na fala quanto na escrita em contextos que exigem maior formalidade.
1. Através ou por meio?
Em primeiro lugar, apresentamos um desvio muito comum na escrita. Muitos acreditam que “através” e “por meio” têm o mesmo significado e, portanto, o mesmo uso. No entanto, “por meio” significa por intermédio, como na frase “MEC suspende aulas por meio de portaria”. Já “através” traz uma ideia de atravessar, como, por exemplo na seguinte frase: “Olhou-a através da janela”. Desse modo, nem sempre é possível usá-los como sinônimos.
2. Quites ou quite?
Ambas as formas estão corretas, no entanto, há falantes que não fazem a concordância. É preciso ter cuidado, pois “quite” é um adjetivo, de modo que a palavra concorda em número. Desse modo, devemos dizer, por exemplo: “Estamos quites uma com a outra” e “O contribuinte está quite com a Receita Federal”.
3. Onde ou aonde?
Assim como no exemplo anterior, ambas as palavras existem. O problema, no entanto, reside o uso inadequado. O “onde” indica o local no qual algo ou alguém está, ou seja, indica um ponto fixo, permanência. Exemplo: “O livro está onde você deixou”. O “aonde”, por sua vez, traz a ideia de movimento, indicando o local para o qual vai ou foi algo ou alguém. Exemplo: “Nem quero saber aonde vão a esta hora”.
4. Entre eu e você
A frase “entre eu e você” consiste em um desvio da norma-padrão em muitos contextos porque “eu” é um pronome pessoal do caso reto, de modo só deve aparecer na oração na posição de sujeito, ou seja, antes de um verbo no infinitivo. Desse modo, o correto seria dizer “entre mim e você”. Exemplo: “Não há nada de errado entre mim e você”.
5. Existe ou existem?
Por fim, trazemos mais uma questão de concordância. Diferentemente do verbo impessoal haver, o verbo existir admite plural. Desse modo, quando necessário, o plural deve ser aplicado. Veja exemplos: “Existe apenas uma possibilidade”; “Existem muitos fantasmas no teu passado”.
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