Recentemente, o concurso para a carreira de Planejamento Urbano e Infraestrutura no DF (Distrito Federal) teve a autorização da Secretaria de Economia do Distrito Federal.
Assim, o órgão também definiu quantas serão as vagas para exercer esse cargo, bem como quais serão.
Contudo, é importante lembrar que a confirmação deixa claro que o processo irá depender dos recursos disponíveis. Nesse sentido, a Secretaria indica que “fica condicionado à disponibilidade orçamentária e financeira no exercício em que se der o ingresso”.
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Anteriormente, em maço de 2021, já havia ocorrido uma autorização para se realizar o concurso. No entanto, não havia informação sobre a quantidade de vagas e quais seriam os cargos.
Quais serão as vagas para o concurso?
De acordo com a nova publicação da Secretaria de Economia do DF, o concurso terá 723 vagas para cargos de nível médio e superior.
Desse modo, será possível iniciar em uma carreira de analista ou de técnico, a depender da formação do cidadão.
Além disso, é importante lembrar que nem todas as vagas serão de preenchimento imediato, de forma que muitos dos classificados irão para um cadastro de reserva. Isto é, uma listagem que a Administração Pública poderá chamar quando abrirem novas vagas.
Portanto, as vagas serão da seguinte forma:
- O cargo de Analista de Planejamento Urbano e Infraestrutura terá 108 vagas imediatas e 252 cadastro de reserva.
- Já o cargo de Técnico de Planejamento Urbano e Infraestrutura contará com 109 vagas imediatas e 254 cadastro de reserva.
Quais são os cargos de Planejamento e Infraestrutura do DF?
O edital para a carreira na área deverá estar de acordo com a Lei n°6.448, de 23 de dezembro de 2019.
Nesse sentido, é possível ver que apenas existem os dois cargos dentro do setor, o de Analista, com nível superior e o de Técnico, que exige conclusão no ensino médio ou curso técnico.
No entanto, em ambos os casos é possível que existam especialidades.
Portanto, no caso de Analista de Planejamento Urbano e Infraestrutura, o candidato poderá ter formação em:
- Arquitetura
- Engenharias (Agrícola, Agronômica, Ambiental, Cartográfica, Civil, de Agrimensura, de Alimentos, de Segurança do Trabalho, de Transportes, Elétrica, Florestal, Mecânica e Sanitarista)
- Geografia
- Geologia
- Geoprocessamento
- Meteorologia
Geralmente, este cargo tem uma remuneração que varia entre cerca de R$ 6.000 e R$ 8.000, a depender da carga horária. Isto é, com o salário menor para quem trabalha 30 horas por semana e o maior para que trabalha 40 horas semanais.
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Já no caso do Técnico de Planejamento Urbano e Infraestrutura, este cargo se divide em dois:
- Agente de unidade de conservação de parques
- Técnico (Agrimensura, Agropecuária, Segurança do Trabalho, Topografia, Estradas, Edificação, Desenho e Eletrotécnica)
Assim, este profissional costuma receber cerca de R$ 4.000 para 30 horas de trabalho semanais e por volta de R$ 5.000 para uma carga horária de 40 horas.
Infraestrutura do DF terá investimento de R$ 5 bilhões
Aqueles que desejam trabalhar na área de Planejamento Urbano e Infraestrutura no DF terão destaque neste ano. Isto é, considerando que o orçamento da pasta será considerável.
Nesse sentido, o governo local buscou a aprovação de uma quantia a mais de R$ 2 bilhões para o orçamento da área, com um total de R$ 5 bilhões.
Para fins de comparação, no ano de 2019 o mesmo setor teve um orçamento de R$ 600 milhões, ou seja, bem inferior ao atual.
O secretário de Economia do DF, André Clemente, inclusive, se manifestou sobre o assunto, relembrando o histórico destes investimentos.
“Investimento é em infraestrutura, em obras. Nós temos investido cerca de R$ 600 milhões por ano em obras. Em 2021, nós conseguimos, pela mudança da nota junto ao Tesouro Nacional, chegar a R$ 1 bilhão e vamos extrapolar para R$ 2,3 bilhões em investimentos em função de operações de crédito. Então, saímos de R$ 600 milhões em 2019, para algo em torno de R$ 800 milhões em 2020; fechando 2021 em R$ 1 bilhão, com R$ 2,3 bilhões adicionais. A perspectiva é de buscar R$ 2 bilhões extras em 2022, podendo chegar ao recorde de R$ 5 bilhões para investimentos em infraestrutura”, explicou.
Além disso, junto desse orçamento, a pasta já deixou claro que o DF terá cerca de 28 concursos para os próximos meses.
Secretário também falou sobre concursos no DF
Indo adiante, o secretário do DF, André Clemente, também fez declarações sobre concursos públicos.
De acordo com ele, portanto, a fim de ter “uma cidade organizada, com qualidade de vida, e uma população bem atendida, precisamos ter o Estado estruturado, com as mínimas condições de funcionamento”.
Ademais, o secretário indica que a nova gestão iniciou uma reestruturação de carreiras de servidores públicos, além dos equipamentos e de condições de trabalho. Segundo o mesmo, foram cerca de 8 mil novos servidores que a gestão chamou da lista de espera dos concursos.
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Assim, ele indica que “considerando que um concurso leva em torno de um ano e meio, dois anos para ser iniciado e concluído, estamos com 28 concursos em andamento que nos permitem ter condições de repor a mão de obra que se aposenta ou sai. Brasília cresceu muito, e o serviço público precisa chegar a locais a que não chegava antes e, para isso, precisamos de servidores”.
Para o secretário é importante investir no serviço público
Por fim, André Clemente também se manifestou de forma positiva sobre o serviço público no DF. Dessa maneira, os cidadãos que desejam fazer concurso nesta área podem já se preparar.
De acordo com o secretário, então, DF possui “uma matriz econômica fundada no serviço público, tanto federal quanto distrital. Servidores recebem a remuneração e vão para o varejo, para o atacado, para as indústrias, gastar esses salários. Tem sido assim por décadas”.
Contudo, para ele é necessário mudar este cenário “porque, até 2030, essa equação não vai fechar”.
Portanto, o secretário indica que “a máquina pública precisa funcionar, gerar empregos, e isso tem um custo. E esses servidores não podem absorver integralmente os impostos arrecadados, tem que sobrar para a gente investir na cidade, em infraestrutura e serviços”.
Além disso, André Clemente finalizou comentando sobre as novas gerações.
“Então, precisamos gerar crescimento, confiança e não só atrair empresas novas, mas impulsionar as que estão aqui. Falamos de indústria, tecnologia, serviço, atacado, distribuição, varejo, micro e pequenas empresas. Estudos demonstram que o Estado é mais eficiente se conseguir gastar menos e atender mais, e é isso que estamos buscando. Nosso governo não defende o Estado mínimo, mas, sim, eficiente, com tamanho adequado para atender as necessidades públicas.”