De acordo com informações relativas a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve uma redução significativa da taxa de desemprego em seis estados da federação, no terceiro trimestre de 2022, em relação ao segundo trimestre.
A princípio, o índice nacional apresentou na pesquisa uma variação de 9,3% para 8,7% no período. De todas as regiões pesquisadas, 21 estados tiveram um índice estável. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, todas as unidades federativas apresentaram um crescimento exponencial.
Os seis estados que apresentaram uma queda no desemprego no terceiro trimestre foram Rondônia com 3,9%, Acre, com 10,1%, Minas Gerais, com 6,3%, Ceará, com 8,6%, Maranhão, com 9,7%, e Paraná, com 5,3%. Aiás, as outras unidades federativas apresentaram estabilidade, com destaque para São Paulo, com 8,6%.
Todavia, a Pnad, realizada pelo IBGE, faz uma análise em todas as regiões do país relativas ao mercado de trabalho formal e informal, que engloba os trabalhos com carteira assinada, CNPJ, e trabalhos autônomos. As regiões com o maior número de desempregados na pesquisa foram Bahia, com 15,1%, Pernambuco, com 13,9% e Rio de Janeiro, com 12,3%.
Estatísticas sobre o emprego
As menores taxas de desocupação no país de julho a setembro foram dos estados Santa Catarina, com 3,8%, Mato Grosso, com 3,8% e Rondônia, com 3,9%. Analogamente, em relação ao índice Nacional, a pesquisa apontou uma alta na taxa do número de desempregados de 8,7% no mesmo período. É o menor índice desde 2015.
Ademais, em relação ao número de desempregados em todo o país, o índice da Pnad realizada pelo IBGE, recuou para 9,5 milhões, sendo considerado o menor número desde dezembro de 2015 quando atingiu o patamar de 9,2 milhões de pessoas.
Sobre a população brasileira desocupada, aquela que é formada por pessoas maiores de 14 anos que estão sem trabalho, mas que estão a procura de novas oportunidades, dos 9,5 milhões, 27,2%, ou seja 2,6 milhões procuram trabalho há mais de dois anos, categorizando o chamado desemprego de longa duração.
Ao se comparar com o terceiro trimestre do ano passado, de 28,9% o índice de desocupação este ano ficou menor, porém, ainda mais alto que no período pré-pandemia, em 2019 quando apresentou 24,9%. No segundo trimestre do ano, a taxa de ocupação caiu cerca de 1,8 pontos, ficando em 9,3%.
No terceiro trimestre do ano, a queda foi de 0,6 pontos percentuais, indo de 9,3% para 8,7%. De acordo com o IBGE, após o pico da pandemia, com a expansão da vacinação, o mercado de trabalho passou a apresentar uma melhora. Houve resultados positivos em todos os setores da economia.
Renda brasileira
O retorno do emprego após a crise não representou um aumento na renda do trabalhador braisleiro. O cenário econômico só obteve uma melhora significativa nos últimos meses. O rendimento médio do trabalhador teve uma alta no terceiro trimestre do ano. Foram os estados do Piauí, Tocantins, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás, Amapá, Minas Gerais e Santa Catarina.
Em destaque, podemos considerar o Distrito Federal como a unidade da federação que obteve a maior renda média do trabalhador do país, com R$4.793. O valor é quase o triplo do de Maranhão, com R$1.697, o menor valor de todo o país.
Sobre a taxa de informalidade no Brasil, a Pnad apresentou um índice de 39,4% no terceiro trimestre de 2022. É o trabalhador que possui um emprego sem carteira assinada ou sem CNPJ. Em síntese, o Pará é o estado com a maior porcentagem de informais, com 60,5%, seguido de Maranhão, com 59,1% e Amazonas, com 57,1%.
Os estados com o menor índice de trabalhadores informais são Santa Catarina, com 25,9%, Distrito Federal, com 29,8% e São Paulo, com 30,6%. Em conclusão, de acordo com o IBGE, quatro estados tiveram uma alta em relação ao trabalho formal. Paraíba, com 10,9%, Pernambuco, com 7,2%, Paraná, com 3,3% e Rio Grande do Sul, com 3,2%.