Desemprego atinge 14,3 milhões de pessoas
O desemprego no Brasil teve uma alta histórica registrando um total de 14,2% no trimestre encerrado em janeiro, segundo divulgou nesta quarta-feira (31) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Não bastasse a significativa porcentagem, esse é o maior índice de desemprego já registrado na comparação do mesmo período deste o início da série histórica.
O desemprego atinge ainda um total de 14,3 milhões de pessoas. Há um ano eram 11,9 milhões de desempregados. O número chama atenção pelo aumento, porém gera ainda mais preocupação por ser o maior número de pessoas desocupadas desde o trimestre encerrado em março de 2017 (14,1 milhões).
Os dados que revelam o alto nível de desemprego fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).
Veja os destaques da pesquisa:
- Taxa de desemprego: 14,2%;
- Total de desempregados: 14,3 milhões;
- Total de pessoas ocupadas aumentou 2%, registrando 86 milhões;
- A pesquisa ainda revelou que 48,7% das pessoas que tem idade para trabalhar estavam ocupadas.
- Taxa de informalidade aumentou para 39,7%
- 5,9 milhões são considerados em “desalento”. Ou seja, pessoas que querem trabalhar, mas não estão mais procurando;
- Não há trabalho para 32,4 milhões de pessoas (trabalhadores subutilizados)
Veja dados de desemprego do trimestre anterior clicando aqui.
Número de ocupados
Mesmo com o alta taxa de desemprego, o número de pessoas ocupadas registrou alta de 2%, atingindo 86 milhões de pessoas. O que significou 1,7 milhão de pessoas a mais inseridas no mercado de trabalho em relação ao trimestre anterior, encerrado em outubro.
O reflexo do desemprego é ainda mais visível, quando se observa o nível de pessoas ocupadas que já tenham idade para trabalhar é baixo (48,7%), ou seja menos da metade destas pessoas.
“Apesar de perder força em relação ao crescimento observado no trimestre encerrado em outubro, a expansão de 2% na população ocupada é a maior para um trimestre encerrado em janeiro. Esse crescimento ainda tem influência do fim de ano, já que novembro e dezembro foram meses de crescimentos importantes”, afirmou a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.
A maior parte do aumento da ocupação se deve aos trabalhos informais, de acordo com o IBGE. Sendo que o número de pessoas sem carteira assinada subiu 3,6%; pessoas que trabalham por conta própria e sem CNPJ aumentou em 4,8% e trabalhadores domésticos 5,2% .
Avanço da taxa de desemprego
- Nov/Dez/Jan 21 – 14,2%;
- Out/Nov/Dez 20 – 13,9%
- Set/Out/ Nov 20 -14,1%;
- Ago/Set/Out 20 – 14,3%;
- Jul/Ago/Set 20 – 14,6%;
- Jun/Jul/Ago 20 – 14,4%;
- Mai/Jun/Jul 20 – 13,8%;
- Abr/Mai/Jun 20 – 13,3%;
- Mar/Abr/Mai 20 – 12,9%;
- Fev/Mar/Abr 20 – 12,6%;
- Jan/Fev/Mar 20 – 12,2%;
- Dez/Jan/Fev 20 – 11,6%;
- Nov/Dez/Jan 20 – 11,2%;