INSS: Governo pode recuar de taxa de juros do consignado

De fazer chorar, PÉSSIMA NOTÍCIA para os beneficiários do INSS

Depois da polêmica envolvendo redução da taxa de juros, Governo marca reunião para discutir consignado do INSS

O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) já bateu o martelo sobre a redução do teto da taxa de juros do consignado para segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de 2,14% para 1,70%.  A decisão, aliás, já foi até mesmo publicada no Diário Oficial da União (DOU). Contudo, é possível que o Governo Federal volte atrás desta decisão.

Segundo informações de bastidores colhidas pela emissora Globo News, membros do Palácio do Planalto devem se reunir para discutir o tema na segunda-feira (20). Representantes dos Ministérios da Casa Civil, da Previdência e da Fazenda deverão participar de um encontro para buscar uma solução para o impasse.

Desde que o Ministério anunciou a queda no teto da taxa de juros, vários bancos decidiram se retirar da linha. Entre os privados, por exemplo, Bradesco, Itaú e o Banco Pan já anunciaram a suspensão. Até mesmo os públicos Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal já anunciaram a suspensão, mesmo que de forma temporária.

O que estará em jogo na reunião

Na reunião da próxima segunda, dois lados deverão apresentar os seus argumentos. De um lado, a ala capitaneada pelo Ministério da Fazenda e do outro a ala comandada pelo Ministério da Previdência Social.

  • O lado do Ministério da Fazenda

A equipe de Fernando Haddad (PT) deverá defender a não redução da taxa de juros para 1,70%. Eles alegam que este procedimento poderá surtir um efeito contrário, fazendo com que bancos desistam de operar esta linha, e os segurados do INSS não encontrem mais o consignado com condições mínimas de juros.

  • O lado do Ministério da Previdência

Por outro lado, a equipe de Carlos Lupi (PDT) deverá argumentar que os bancos estão atuando em um esquema de chantagem apenas com o objetivo de fazer o Governo desistir da redução da taxa. Eles defendem que o Governo inste o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a não desistirem do crédito. Assim, eles poderiam pegar a demanda dos bancos privados que desistiram.

Centrais já deram a sua opinião

As Centrais Sindicais já deram a sua opinião. Por meio de uma nota conjunta divulgada nesta sexta-feira (17), sindicalistas disseram que o Governo Federal precisa se posicionar contra os bancos, em um argumento que vai de encontro ao que diz o Ministério da Previdência Social.

“As Centrais Sindicais unidas convocam a classe trabalhadora para os atos pela redução da taxa de juros e pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros. Não aos abusos dos bancos! Sim à garantia do acesso ao crédito para aposentados e pensionistas”, diz a nota conjunta.

Febraban também já se manifestou

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) também já se manifestou. Logo depois da decisão do CNPS de reduzir o teto da taxa de juros do consignado do INSS, a organização disse que não concorda com a decisão e argumentou que este sistema poderá surtir o efeito contrário ao que deseja o Ministério da Previdência Social.

“Iniciativas como essas geram distorções relevantes nos preços de produtos financeiros, produzindo efeitos contrários ao que se deseja”, diz a nota da Febraban.

Consignado

O consignado é uma espécie de empréstimo com descontos diretos na folha de pagamentos. Ao solicitar o dinheiro, o aposentado do INSS passa a ter que receber a aposentadoria com abatimentos mensais até que consiga quitar a dívida por completo.

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