Crise: pesquisa aponta que 40% das pessoas aceitaram cargos mais baixos por necessidade

Mudanças radicais foram provocadas pela pandemia de Covid-19, tanto na vida pessoal quanto profissional das pessoas. Há quem tenha perdido o emprego, se tornado autônomo ou mudado de área para poder se manter no mercado de trabalho. 

Por outro lado, há uma parcela que conseguiu permanecer ou até mesmo evoluir na carreira. Para entender melhor como foi o último ano, como está a situação atual dos trabalhadores e como eles estão se sentindo, o Indeed, site de empregos, realizou no Brasil uma pesquisa com mais de 730 pessoas.

Com a redução de equipe em muitos locais, muitos tiveram que mudar de emprego e nem todos conseguiram se recolocar na mesma área ou de maneira geral. 

O estudo do Indeed revela que, 8% dos entrevistados afirmaram ter perdido o emprego e não ter começado outro ainda, enquanto 43% disseram ter aceitado um cargo mais baixo porque precisavam de um emprego. 

Outros 73% afirmaram que, se necessário, mudariam de área para se manter no mercado de trabalho. 

Trabalho remoto

Os dados da pesquisa do Indeed mostram que 47% dos entrevistados começaram um novo trabalho durante a pandemia, seja fixo ou como freelancer. 

Desses, 16% já iniciou de maneira totalmente remota e 10% de maneira híbrida. Para Felipe Calbucci, Diretor de Vendas do Indeed no Brasil, os números sugerem uma tendência para o futuro. 

“Aos poucos, as organizações estão entendendo o novo cenário e traçando novos modelos de trabalho, impactando diretamente a vida dos colaboradores”, afirma.

O trabalho remoto, no entanto, parece ter trazido pontos positivos e negativos. Ao mesmo tempo em que 60% dos entrevistados afirmaram ter percebido aumento na produtividade, segundo a pesquisa, 50% dos respondentes entrevistados acreditam que seu salário não corresponde às horas de trabalho. 

“Nem todas essas pessoas que responderam trabalham necessariamente de maneira remota, mas isso acaba sendo uma das características do trabalho remoto às vezes. Se antes as pessoas precisavam parar de trabalhar para voltar para casa, hoje o home office acaba quebrando esses limites impostos pelo trabalho presencial e fazendo com que muitas vezes haja um excesso de trabalho”, explica Felipe. 

Saúde mental

Em contrapartida, há uma expectativa para a forma com que as empresas irão lidar com os novos modelos de trabalho em 2022. 

Para 27% dos entrevistados dar maior importância ao bem-estar e à saúde mental no local de trabalho é a principal iniciativa que as empresas deveriam adotar, enquanto para 19% uma abordagem mais humana para o trabalho é a iniciativa mais importante a ser desenvolvida. 

“A pesquisa mostrou ainda que 18% dos entrevistados sentiu que a saúde mental piorou durante o trabalho remoto e aproximadamente 31% afirmou que não se sentiu apoiado pelo seu empregador, são números significativos. É importante que as empresas mantenham uma boa comunicação e procurem acolher verdadeiramente seus funcionários, para que eles não se sintam desamparados neste momento. Todos passamos por situações fora do trabalho e um bom gestor precisa saber identificar e agir corretamente frente a isso”, complementa Calbucci.

Ao mesmo tempo, 20% dos entrevistados consideram as empresas devem garantir um local de trabalho seguro, considerando higiene, saúde e permitindo o distanciamento social

Metodologia

A pesquisa foi realizada pelo Indeed com 739 brasileiros, que estão empregados ou em busca de emprego, para investigar a situação atual do trabalho no Brasil e como o trabalho remoto durante a pandemia estabeleceu novas expectativas para os próximos anos em relação à forma como as pessoas trabalham. A pesquisa foi conduzida através de um painel online em novembro de 2021.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Indeed.

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