Crianças brasileiras recebem celular mais cedo que o resto da AL

No Brasil, os pequenos recebem um celular com cerca de oito anos, um pouco mais cedo que outros países latino-americanos consultados em pesquisa do Google

O Google disponibilizou um estudo realizado em razão do Dia da Internet Segura, que é celebrado hoje (8/2). De acordo com a pesquisa, que entrevistou 3 mil pais e responsáveis de crianças de 5 a 17 anos que moram na Argentina, Colômbia, México, Peru, Chile e Brasil, os brasileiros são recebem seu primeiro celular mais cedo que as outras nacionalidades.

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Por aqui, as crianças ganham um dispositivo celular para acessar a internet, em média, com 8,9 anos. No Chile, o país seguinte, demora um pouco mais: 9,2 anos. O México completa o pódio, onde crianças recebem seu primeiro celular aos 9 anos e meio. 

Entre os resultados gerais, 67% dos pais e responsáveis na América Latina se sentem mais confortáveis hoje em ter seus filhos usando um dispositivo conectado à internet para uso educacional do que antes da pandemia. Entre os assuntos que causam maior preocupação entre os pais e responsáveis estão aliciamento infantil (17%), privacidade e segurança (16,5%) e acesso a conteúdo inapropriado (16%). 

O estudo aponta que mais de 70% dos pais acreditam que suas crianças estão bem informadas sobre os problemas relacionados à segurança online. Nesse período, 74% dos entrevistados pesquisaram mais sobre o assunto na internet (sendo vídeo o formato predileto), 82% disseram terem tido uma conversa significativa com seus filhos sobre o tema. 

Tecnologia para apoiar as crianças 

A pesquisa do Google também descobriu que a grande maioria dos pais e responsáveis (95%, em média) diz acompanhar as atividades dos filhos por meio dos seus dispositivos. Para ajudar na tarefa, o Google desenvolveu o Family Link, ferramenta que permite estabelecer regras digitais e orientar as crianças enquanto eles aprendem, brincam ou jogam. 

Outro recurso útil para os pais e responsáveis é o Safesearch, recurso que ajuda a filtrar qualquer tipo de conteúdo explícito na Busca, evitando o risco de elas encontrarem resultados indesejados.

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Além disso, ainda em 2019, o Google criou o Seja Incrível na Internet, um programa educativo desenhado para preparar crianças e adolescentes para usar a Internet de modo consciente e seguro. O portal ensina sobre como compartilhar conteúdo de modo responsável, como não cair em armadilhas, como proteger suas informações, como denunciar práticas negativas e sobre como serem, eles mesmos, uma presença positiva na Internet. 

Atualmente, o programa dispõe de materiais como o Currículo para Professores, com diversas atividades que podem ser usadas livremente em salas de aula; bem como um Guia para a Família, com dicas de como garantir o bem-estar digital e incorporar bons hábitos na vida cotidiana, incluindo formas de identificar sites confiáveis, ou informações intencionalmente falsas. Há ainda o Interland, um jogo interativo para aprender lições de segurança brincando. 

O que o Google faz para proteger a privacidade 

O Google também anunciou hoje uma parceria com a Khan Academy, uma organização educacional sem fins lucrativos, para o desenvolvimento de aulas online gratuitas que ajudarão a ensinar as pessoas a se manterem mais protegidas na internet. A empresa investiu US$ 5 milhões para que a Khan Academy possa criar conteúdo de segurança online acessível e fácil de entender para seus 18 milhões de usuários mensais em todo o mundo. 

No Brasil, com apoio do Google.org, braço filantrópico do Google, a SaferNet desenvolveu o curso “Educando para boas escolhas on-line”, voltado a educadores e professores prioritariamente da Educação Básica, com módulos sobre direitos e deveres na web, cyberbullying, sexualidade online, segurança digital e, por fim, bem-estar e saúde mental na internet. 

Já no desenvolvimento de tecnologia, o Google criou a “Navegação segura”, que funciona identificando sites não seguros na web e notificando usuários e proprietários dos sites sobre riscos, como de ataques phishing. A tecnologia está presente em diversos navegadores e beneficia aproximadamente 2 bilhões de dispositivos em todo o mundo. 

E, a partir do próximo mês, usuários poderão habilitar a “Proteção reforçada” (em Chrome > Configurações > Segurança e Privacidade > Navegação segura > Proteção reforçada) para adotar o conjunto mais amplo contra ameaças na web e à sua Conta do Google.

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