Covid-19: Unicamp pretende ampliar locais de provas do vestibular em SP

Universidade estuda o acréscimo de "novas rotas" como forma de evitar aglomerações de candidatos e reduzir as hipóteses de disseminação do novo coronavírus

A Unicamp avalia expandir o número de cidades para aplicação de provas do vestibular 2021 no Estado de São Paulo, segundo a comissão organizadora (Comvest). A logística do exame anterior chegou a 31 municípios paulistas, incluindo a capital e Campinas (SP), mas a universidade estuda o acréscimo de “novas rotas” como forma de evitar aglomerações de candidatos e reduzir as hipóteses de disseminação do novo coronavírus. As avaliações estão previstas para o primeiro bimestre.

O diretor da Comvest, José Alves de Freitas Neto, destaca que a preocupação da Unicamp é com a condição sanitária para aplicação do processo seletivo. Antes disso, a comissão já havia anunciado que o total de questões da primeira fase será reduzido de 90 para 72, com tempo máximo de quatro horas, em vez de cinco; e que o vestibular irá ocorrer em dois dias diferentes.

“Nossa meta, considerando o histórico de inscritos por região, que atendamos 90% das cidades com um deslocamento de no máximo 120 km”, destaca Freitas Neto. Sem mencionar o número de cidades avaliadas pela comissão, ele pondera que a definição irá ocorrer antes da abertura do prazo de inscrições, prevista para 31 de julho. Ela pode ser feita pelo candidato até 8 de setembro.

Como exemplo, ele menciona a situação da região noroeste do Estado, onde a Unicamp tem verificado demanda considerável de inscritos, mas só aplica as provas em São José do Rio Preto (SP).

“A análise está sendo feita considerando a demanda de inscritos e a distribuição espacial”, ressalta Freitas Neto. De acordo com ele, a Unicamp manterá aplicação de provas nas cinco capitais fora de São Paulo: Salvador (BA), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e Fortaleza (CE).

Freitas Neto diz que a comissão prevê uma redução na quantidade de inscritos no vestibular 2021, mas não há projeções até o momento. De acordo com ele, um prognóstico será possível somente após encerramento do período de solicitações de isenção da taxa de inscrição no vestibular.

“Consideramos dois aspectos principais. O tempo e a forma de preparação de alguns candidatos podem desestimular alguns a se inscreverem, e o outro, a própria condição da crise econômica”, explica o diretor da Comvest. Na edição anterior, a universidade estadual contabilizou 72,8 mil candidatos inscritos na disputa por 2,5 mil vagas oferecidas em 69 cursos de graduação. Os pedidos de isenção podem ser feitos pela página da comissão até 8 de julho.

A Unicamp chegou a divulgar um calendário oficial para o processo seletivo, com a 1ª fase marcada para 22 de novembro. Entretanto, ao considerar que as datas previstas inicialmente para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram canceladas e serão remarcadas após uma enquete com participantes, a instituição decidiu que aplicará o exame somente após aplicação das provas realizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Fonte: G1.

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