As escolas estaduais de São Paulo podem retomar as aulas presenciais nesta segunda (08), desde que sigam os protocolos de proteção contra a Covid-19. Na rede particular de ensino, as aulas já puderam ser retomadas a partir do dia 1° de fevereiro, enquanto na rede municipal da capital paulista, de responsabilidade da Prefeitura, a volta às aulas será no dia 15.
No total, a rede estadual de ensino de São Paulo possui cerca de 3,3 milhões de alunos distribuídos entre 5.100 escolas, agora autorizadas a abrir as portas para receberem aulas presenciais.
Nas cidades em fase vermelha e laranja, as mais duras do plano de flexibilização econômica, os colégios podem receber até 35% dos alunos, enquanto em municípios em fase amarela, como a capital paulista e a Grande São Paulo, têm autorização para atender 70% dos estudantes presencialmente. Com isso, as aulas virtuais seguem como apoio ao esquema de rodízio de alunos.
Famílias decidem entre aula presencial ou virtual
Após o retorno, o governo paulista irá reavaliar o percentual de alunos nas escolas, podendo aumentar o limite de estudantes nas escolas. Cabe às famílias dos estudantes decidir a respeito da participação presencial ou virtual.
“Cada unidade escolar poderá definir como irá realizar o rodízio de alunos e suas atividades presenciais e remotas. A carga horária também poderá ser adaptada para o cumprimento das normas. Por isso é importante que pais, responsáveis ou alunos maiores de 18 anos entrem em contato com a sua escola para saber os dias e horários em que poderão ir presencialmente na unidade. Os alunos que não puderem acompanhar as aulas nas escolas, devem fazer via Centro de Mídias SP, remotamente”, afirmou um comunicado da secretaria estadual de Educação.
Melhorias das escolas na prevenção da Covid-19
Durante o ano letivo de 2020, o governo de São Paulo destinou mais de R$700 milhões para as escolas estaduais se adequarem a volta às aulas, que aconteceu em setembro e teve adesão de cerca de 30% das escolas. Para o ano de 2021, a gestão do governador João Doria (PSDB) prevê a alocação de mais R$700 milhões aos colégios estaduais.
Segundo o governo de SP, 27% dos cerca de 51 mil docentes se declaram pertencentes ao grupo de risco da Covid-19 e poderão continuar em esquema de teletrabalho.
Para garantir o cumprimento das medidas sanitárias de proteção contra o novo coronavírus na retomada das aulas presenciais em São Paulo, o governo estadual disse ao Tribunal de Justiça de São Paulo que a secretaria da Educação distribuirá máscara, álcool gel e termômetros entre as unidades de ensino. A lista conta com:
- 10.150 termômetros digitais para aferição da temperatura;
- 12 milhões de unidades de máscaras de tecido;
- 308 mil unidades de máscaras do tipo face shield;
- 112 mil litros de álcool em gel;
- 221 mil litros de sabonete líquido;
- 100 milhões de folhas de papel toalha;
- 70 milhões de unidades de copos descartáveis;
- 10.181 aparelhos dispenser de álcool gel;
- 411 mil unidades de máscaras descartáveis;
- 14,5 mil recipientes de 500 ml de álcool em gel; e
- 650 mil unidades de sabonete em barra.