Coronavírus: Governo pode aumentar auxílio para trabalhadores de R$$200 para R$500

O valor citado por Maia consta em um projeto de lei que deve ser votado pelos deputados ainda nesta quinta-feira, 26 de março.

Nesta quinta-feira, 26 de março, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia revelou que o auxílio mensal a ser pago aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus pode ser aumentado para o valor de R$500,00.

O valor citado por Maia consta em um projeto de lei que deve ser votado pelos deputados ainda nesta quinta-feira, 26 de março.

Na última semana, o governo propôs um plano de auxílio que previa o valor mensal de R$200 para esses trabalhadores. Ontem, 25 de março, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, disse que o valor poderia ser elevado para R$ 300.

“O que a gente tem entendido é que a proposta do governo é muito pequena diante do que a população brasileira precisa”, afirmou . “O que está se construindo é um valor da ordem de R$ 500, é o que o parlamento está trabalhando”, acrescentou o presidente da Câmara.

Requisitos

O projeto em discussão na Câmara altera a lei do ano de 1993, que prevê a organização da assistência social no país. Segundo o texto da versão final do parecer, a quantia será destinada a título de “auxílio emergencial” ao trabalhador que cumprir os seguintes requisitos:

  • seja maior de 18 anos;
  • não tenha emprego formal;
  • não seja titular de benefício previdenciário ou assistencial, beneficiário do seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal, ressalvado o bolsa-família;
  • a renda mensal per capita seja de até meio salário mínimos ou a renda familiar mensal total seja de até três salários mínimos;
  • que não tenha recebido em 2018 rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70.

Segundo o texto, o benefício somente será pago ao microempreendedor individual, contribuinte individual do Regime Geral de Previdência Social ou trabalhador informal, de qualquer natureza, inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) até 20 de março de 2020.

A previsão inicial do governo é que a medida exigiria investimento total de R$15 bilhões, considerando o valor de R$200 pago por três. Se o valor do “voucher” subir, esse valor será ainda maior.

Cadastro

Segundo o governo, não é necessário se inscrever no Cadastro Único para receber os valores. De acordo com o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco Leal, será criado um site juntamente com o Ministério da Cidadania para que a pessoa que não esteja no CadÚnico, mas que cumpre os requisitos, possa se inscrever.

“Quem não está no CadÚnico fará inscrição, fará cadastramento, nesse site que nós divulgaremos no momento oportuno, faremos esses mesmos batimentos (para saber se cumpre os critérios) e ela receberá o benefício”, disse. Até o momento o governo não disponibilizou o site de inscrição.

O cidadão que está cadastrado no Cadastro Único e cumpre os critérios para o benefício de R$ 200 (ter mais de 18 anos, não receber outro benefício nem ter emprego com carteira assinada) já está inscrito para receber e não precisa fazer nada, de acordo com informações do Ministério.

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