Copa do Mundo: Budweiser fala sobre cervejas proibidas durante os jogos

Cervejaria americana deverá pedir compensação

De acordo com a cervejaria americana, Budweiser, a proibição do Qatar de vender cervejas durante os jogos da Copa do Mundo nos estádios de futebol pegou a empresa de surpresa. De fato, acabou que ela passou um tempo sem saber o que fazer com tantas bebidas, que ficaram sem destino. 

Até que a cervejaria encontrou uma solução bastante inovadora para o seu problema relacionado ao estoque de bebidas proibidas no país do Oriente Médio: doá-las para o país campeão da Copa do Mundo. Ou seja, a Budweiser vai enviar suas bebidas, conhecidas como Bud, para a seleção vitoriosa.

A Budweiser fez o anúncio em uma postagem em seu Twitter. Ela afirmou que “quer levar esta celebração dos estádios da Copa do Mundo da FIFA para os torcedores do país vencedor”. A empresa considera a doação de sua cerveja como a comemoração final do país vencedor do campeonato mundial.

De fato, a cervejaria americana acredita que para os fãs do futebol, os vencedores da Copa conquistaram o mundo. A Budweiser ainda afirmou que maiores detalhes sobre a doação de suas cervejas para o campeão da Copa do Mundo serão dados durante o andamento do campeonato.

Proibição do Qatar

O Qatar fez um anúncio na semana passada, a alguns dias do início do campeonato, de que iria proibir a venda de cerveja nos oito estádios da Copa do Mundo. Desta maneira, a única opção para os torcedores, durante os jogos, seria a de comprar uma Budweiser Zero, sem álcool.

Vale ressaltar que o Qatar é um país conservador, mulçumano, que regula fortemente a venda e o consumo de álcool em seu país. No entanto, em setembro, as autoridades haviam afirmado que a ingestão de bebidas alcoólicas estava liberada para torcedores durante os jogos do campeonato.

Dessa maneira, quem tinha ingresso poderia comprar uma cerveja três horas antes da partida e uma hora depois do final do jogo. Eles não poderiam adquirir a bebida durante o confronto entre as seleções. As autoridades do país e a FIFA discutiram a questão, e decidiram pela venda apenas no chamado FIFA Fan Festival.

Os torcedores também poderiam comprar a Bud em locais licenciados. Os pontos de venda de cerveja perto dos estádios da Copa do Mundo do Qatar 2022 foram proibidos de vender o produto. Na semana passada cervejaria americana também publicou no Twitter uma postagem dizendo que achava o fato um absurdo.

Considerações da Budweiser 

Um porta-voz da AB-InBev afirmou que a empresa é parceira da FIFA há mais de três décadas, e que espera a realização dos campeonatos mundiais para que ela celebre o futebol junto aos torcedores e consumidores de suas bebidas. Para  a cervejaria, as circunstâncias ficaram fora de seu controle.

Vale ressaltar que a AB-inBev, empresa que controla a Budweiser, gastou US$75 milhões com o patrocínio da FIFA. Desse modo, a decisão do governo do Qatar atrapalhou os planos de marketing da companhia para a Copa do Mundo. Entretanto, os anúncios nas TVs com a participação de jogadores como o Neymar, continuarão normalmente

A empresa ainda soltou uma nota dizendo que ela sente muito, que a situação é incômoda e que  “onde há uma comemoração, sempre há uma Bud. Nesse espírito, a Budweiser quer levar a comemoração dos estádios da Copa do Mundo até os torcedores do país campeão.”

Dessa maneira, o país vencedor da Copa do Mundo do Qatar não irá levar apenas o prêmio milionário relativo à competição e a taça do mundo, mas também um enorme estoque de cervejas Budweiser, ajudando na celebração do evento entre os torcedores vencedores do maior campeonato do planeta.

Ações da cervejaria

A proibição do Qatar da venda de cerveja em seus estádios pode custar caro para a FIFA. A Budweiser pretende pedir uma indenização na justiça de cerca de 45,5 milhões de Euros (R$238 mihões). Este valor poderia ser pago na forma de desconto na próxima Copa do Mundo. Ela será realizada em conjunto, no México, nos Estados Unidos e no Canadá.

Como a proibição houve uma quebra de contrato, a cervejaria americana se vê no direito de exigir uma compensação financeira. Em suma, isso se deve ao fato que que a proibição no país sede da copa do mundo foi feita em última hora, poucos dias antes do início do campeonato.      

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