Consumo das famílias apresenta o maior nível desde abril de 2015 (Confira!)

Mercado espera um aumento do poder de compra da população

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apresentou recentemente informações relacionadas ao consumo das famílias brasileiras. Segundo o levantamento, houve um aumento expressivo no mês de agosto, devido a um recuo da pressão inflacionária observado em todo o país.

Todavia, a pesquisa indica que a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) cresceu em agosto, cerca de 1,4% em relação ao mês passado. Esse índice apresentado pela CNC, descontou os efeitos sazonais para o período, e chegou a 101,1 pontos, o que é considerado o maior nível desde o mês de abril do ano de 2015.

Analogamente, em abril de 2015, a ICF havia apresentado 102,9 pontos. Vale ressaltar que esse índice configura um certo otimismo, ou seja, isso se dá quando ele fica acima dos 100 pontos. Ele chegou nesse patamar pela primeira vez em oito anos. Em relação a agosto de 2022, houve um aumento de 23,1% neste mês.

De acordo com a Confederação, o levantamento indica que há um retorno do otimismo dos brasileiros relacionados ao consumo das famílias. De fato, os subitens apresentados apontam uma tendência de recuperação do mercado. A CNC diz que desde o mês de janeiro do ano de 2022 que há um crescimento consistente no ICF.

Consumo das famílias

Ademais, a CNC a partir de uma nota à imprensa, diz que a intenção de consumo das famílias brasileiras retornou aos índices de antes da crise sanitária no país, causada pela pandemia da covid-19, de 99,3 pontos. Entre os meses de julho e agosto, houve um avanço considerável entre seis dos sete componentes do ICF.

Em síntese, houve um alta do emprego atual de 1,1% para 125,0 pontos; renda atual de 1,0% para 118,7 pontos; nível de consumo atual de 1,8% para 85,6 pontos; perspectiva de consumo de 0,7% para 105,1 pontos; acesso ao crédito 2,2% para 91,5 pontos, e momento para a aquisição de bens duráveis de 3,4% para 63,4 pontos.

Deve-se observar que o único componente do ICF que não apresentou um maior desenvolvimento no período foi o de perspectiva profissional com uma pequena redução de -0,2% para 118,1 pontos. Uma das causas para o aumento do consumo das famílias brasileiras, é, em grande parte, a perspectiva de uma redução da inflação.

De acordo com Izis Ferreira, economista responsável pela pesquisa da CNC, “A inflação corrente caindo mais do que o esperado tem deixado os consumidores mais dispostos a consumir. Em julho, o IBGE mostrou uma inflação anual quatro vezes menor do que há um ano. O consumidor sente maior segurança no emprego”.

Consumo das famílias
Consumo das famílias/Fonte: pixabay

Crescimento do mercado

Segundo a economista, há atualmente uma desaceleração dos juros do mercado, o endividamento dos cidadãos brasileiros está bastante alto, o que limita o consumo das famílias, devido ao fato de elas não se beneficiarem de um aumento de sua renda. Aliás, 40 em cada 100 consumidores afirmam que estão comprando menos.

Esse dado é referente ao ano passado. As vendas no varejo estão cada vez mais difíceis, ou seja, não há como sustentar um maior crescimento uniforme nos mais variados segmentos. Enfim, a pesquisa indicou que as mulheres e os homens apresentaram uma maior predisposição ao consumo durante o mês de julho.

Em suma, de acordo com o levantamento da CNC, os homens tiveram um aumento de 100,6 pontos, para 102,2 pontos na intenção de consumo, no mês passado, estando na zona de otimismo. Já as mulheres, a intenção de consumo passou de 97,9 pontos, para 99,7 pontos, portanto estão na zona negativa da pesquisa.

A CNC sobre o consumo das famílias brasileiras durante o período, diz que “Do total de consumidoras, 41,2% apontam que estão mais seguras no emprego atualmente, e 10,6% afirmaram estar desempregadas. Entre os homens, 43,5% afirmam estar mais seguros no trabalho, e somente 7,8% apontam desocupação”.

O consumo das famílias e a inadimplência

Uma questão que deve ser observada com atenção é a de que o consumo das famílias é menor quando há um cenário de inadimplência. O Governo Federal tem procurado resolver essa questão, apresentando o progama Desenrola. A partir dele , vários cidadãos brasileiros conseguem quitar seus débitos de maneira simples e prática.

Em conclusão, são vários os fatores que podem fazer com que haja um aumento exponencial no consumo das famílias. A inflação em baixa, o corte da taxa de juros Selic pelo Banco Central, podem impulsionar a aquisição de bens e serviços pela população brasileira. O mercado espera por números positivos para crescer.

 

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.