Consignado do Auxílio tem “alta demanda”, diz Caixa Econômica

Consignado do Auxílio tem “alta demanda”, diz Caixa Econômica Federal

Segundo a Caixa Econômica Federal, alta demanda fez com que sistema de liberação do consignado ficasse mais lento do que o normal

O consignado do Auxílio Brasil vem registrando nos últimos dias uma alta demanda por parte dos usuários do programa. Ao menos é o que aponta a Caixa Econômica Federal. Segundo o banco, a procura acabou gerando problemas no sistema de repasses, e alguns usuários que solicitaram o dinheiro não estariam recebendo o saldo na data exata.

“Tivemos um excesso de demanda em termos de procura”, disse o vice-presidente de rede de varejo do banco, Julio Volpp. Pelas regras gerais, o cidadão precisa receber o saldo solicitado em até dois dias úteis depois da solicitação. Contudo, de acordo com reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, algumas pessoas poderão ter que esperar por mais de 15 dias.

“Nós estamos processando os pedidos e trabalhando para normalizar”, disse Volpp, argumentando que a procura pelo consignado já aumentou em mais de 10 vezes depois da liberação do crédito na última semana. Oficialmente, o Ministério da Cidadania liberou o sistema no último dia 10 de outubro. Especificamente a Caixa Econômica Federal fez a liberação a partir do dia dia 11.

Solicitações do consignado

Os dados mais recentes divulgados pelo banco indicam que mais de 700 mil famílias entraram com o processo de solicitação do consignado do Auxílio Brasil. A Caixa Econômica Federal já teria liberado mais de R$ 1,8 bilhão para este público. Os números são referentes apenas aos 4 primeiros dias de pedidos, e consideram apenas as solicitações feitas para a Caixa.

Ao regulamentar o projeto, o Ministério da Cidadania decidiu estabelecer um teto de juros de 3,5% ao mês, ou seja, pouco mais de 50% ao ano. Cada banco pode escolher a sua taxa desde que não ultrapasse este limite máximo. No caso da Caixa, foi decidido que a taxa de juros será de 3,45% ao mês, e os descontos começam a valer já a partir de novembro deste ano.

Pedido de suspensão

Na última semana, o Ministério Público ligado ao Tribunal de Contas da União (MP-TCU) entrou com um pedido cautelar de suspensão imediata do consignado do Auxílio Brasil pela Caixa Econômica Federal.

O pedido alegava que a Caixa não teria apresentado estudos que comprovem que o oferecimento do consignado do Auxílio Brasil não traria riscos para a saúde financeira do erário. Como dito, mais de R$ 1,8 bilhão já foi liberado para este público.

O TCU já analisou o pedido e não acatou a recomendação de suspensão imediata. De todo modo, o Tribunal enviou um pedido para que a Caixa explique em um intervalo de no máximo cinco dias úteis, como o consignado não vai se transformar em um problema.

A lista do consignado

Vale lembrar que não é apenas a Caixa Econômica Federal que pode oferecer o consignado do Auxílio Brasil. Recentemente, o Ministério da Cidadania divulgou uma lista com os nomes das 12 instituições que estão homologadas para operar o sistema. Veja abaixo quais são elas.

  • Caixa Econômica Federal;
  • Banco Agibank S/A Banco;
  • Crefisa S/A;
  • Banco Daycoval S/A;
  • Banco Pan S/A;
  • Banco Safra S/A;
  • Capital Consig Sociedade de Crédito Direto S/A;
  • Facta Financeira S/A Crédito Financiamento e Investimento;
  • Pintos S/A Créditos;
  • QI Sociedade de Crédito Direto S/A;
  • Valor Sociedade de Crédito Direto S/A;
  • Zema Crédito, Financiamento e Investimento S/A.
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